Cristina exalta expropriação e promete presença estatal
Projeto de lei governamental, que estabelece a desapropriação de 51% das ações da Repsol na YPF e da empresa YPF Gás, foi aprovado nesta semana pelo Senado
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2012 às 20h34.
Buenos Aires - A presidente argentina Cristina Kirchner celebrou nesta sexta-feira, apoiada por uma multidão, o apoio recebido pela proposta governamental de expropriar a YPF do grupo espanhol Repsol e convocou os jovens a envolver-se no projeto governista e seguir um modelo com maior participação do Estado.
Mais de 100 mil pessoas, segundo os organizadores, abarrotaram o estádio do Vélez Sarsfield, em um ato que se transformou em uma demonstração de força do governo e que a presidente definiu como uma ''maravilhosa festa de alegria, de júbilo e de nacionalidade''.
Um mar de bandeiras argentinas e cartazes inundou o estádio em cerimônia de forte caráter nacionalista na qual Cristina redobrou sua aposta na participação do Estado na economia e se referiu a dois dos temas com maior carga patriótica para os argentinos: a soberania das Ilhas Malvinas e a desapropriação da YPF da Repsol.
O ato foi organizado, entre outros grupos, pela La Cámpora, a poderosa juventude kirchnerista que ganhou um extraordinário protagonismo sob a proteção de Máximo Kirchner, filho mais velho da presidente e do falecido Néstor Kirchner.
Membro destacado de La Cámpora, e homem próximo de Máximo Kirchner, é o vice-ministro de Economia, Axel Kicillof, a quem se atribui a autoria do projeto de lei de desapropriação da YPF.
A presidente desvinculou o ato de hoje da operação da companhia petrolífera, mas aproveitou para agradecer à oposição e ''a todos os que tornaram possível'' a aprovação do projeto de lei de desapropriação no Senado.
''Reconheço e agradeço o apoio que brindaram, não ao governo, mas ao país, para acompanhar-nos no projeto de recuperação da YPF'', declarou.
O projeto de lei governamental, que estabelece a desapropriação de 51% das ações da Repsol na YPF e da empresa YPF Gás, foi aprovado nesta semana pelo Senado e, previsivelmente, superará na próxima semana o trâmite no Parlamento.
Consciente que as juventudes governistas exerceram um papel fundamental nos primeiros meses de seu segundo mandato, Cristina Kirchner aproveitou a ocasião para pedir aos jovens que sigam o projeto governista e a acompanhem em um modelo com uma maior participação estatal.
A presidente apostou em ''novas formas de intervenção, de participação do Estado junto ao setor privado, organizadamente, mas sempre com a direção do Estado'', e encorajou os jovens a ''idealizar novas formas de participação, modernas e contemporâneas''.
''O Estado não pode descuidar das responsabilidades políticas, sociais, econômicas nem institucionais na construção de um país'', insistiu a governante, que advertiu a seus detratores que não está em seus planos ''retroceder'' ou ''mudar'' de opinião.
''Vocês, as novas gerações, têm que tomar a bandeira para seguir com os ideais de 200 anos de história, para que nossas Ilhas Malvinas voltem a fazer parte de nossas instituições, porque já são parte de nossa geografia e nossa história, e fazer isso pelo caminho da paz e da diplomacia'', disse.
''São vocês os que têm que continuar escrevendo a história (...) e devem fazê-lo unidos e organizados, para aprofundar a transformação'', acrescentou.
''Não sou eterna, são vocês os protetores desse legado'', concluiu a presidente.
Buenos Aires - A presidente argentina Cristina Kirchner celebrou nesta sexta-feira, apoiada por uma multidão, o apoio recebido pela proposta governamental de expropriar a YPF do grupo espanhol Repsol e convocou os jovens a envolver-se no projeto governista e seguir um modelo com maior participação do Estado.
Mais de 100 mil pessoas, segundo os organizadores, abarrotaram o estádio do Vélez Sarsfield, em um ato que se transformou em uma demonstração de força do governo e que a presidente definiu como uma ''maravilhosa festa de alegria, de júbilo e de nacionalidade''.
Um mar de bandeiras argentinas e cartazes inundou o estádio em cerimônia de forte caráter nacionalista na qual Cristina redobrou sua aposta na participação do Estado na economia e se referiu a dois dos temas com maior carga patriótica para os argentinos: a soberania das Ilhas Malvinas e a desapropriação da YPF da Repsol.
O ato foi organizado, entre outros grupos, pela La Cámpora, a poderosa juventude kirchnerista que ganhou um extraordinário protagonismo sob a proteção de Máximo Kirchner, filho mais velho da presidente e do falecido Néstor Kirchner.
Membro destacado de La Cámpora, e homem próximo de Máximo Kirchner, é o vice-ministro de Economia, Axel Kicillof, a quem se atribui a autoria do projeto de lei de desapropriação da YPF.
A presidente desvinculou o ato de hoje da operação da companhia petrolífera, mas aproveitou para agradecer à oposição e ''a todos os que tornaram possível'' a aprovação do projeto de lei de desapropriação no Senado.
''Reconheço e agradeço o apoio que brindaram, não ao governo, mas ao país, para acompanhar-nos no projeto de recuperação da YPF'', declarou.
O projeto de lei governamental, que estabelece a desapropriação de 51% das ações da Repsol na YPF e da empresa YPF Gás, foi aprovado nesta semana pelo Senado e, previsivelmente, superará na próxima semana o trâmite no Parlamento.
Consciente que as juventudes governistas exerceram um papel fundamental nos primeiros meses de seu segundo mandato, Cristina Kirchner aproveitou a ocasião para pedir aos jovens que sigam o projeto governista e a acompanhem em um modelo com uma maior participação estatal.
A presidente apostou em ''novas formas de intervenção, de participação do Estado junto ao setor privado, organizadamente, mas sempre com a direção do Estado'', e encorajou os jovens a ''idealizar novas formas de participação, modernas e contemporâneas''.
''O Estado não pode descuidar das responsabilidades políticas, sociais, econômicas nem institucionais na construção de um país'', insistiu a governante, que advertiu a seus detratores que não está em seus planos ''retroceder'' ou ''mudar'' de opinião.
''Vocês, as novas gerações, têm que tomar a bandeira para seguir com os ideais de 200 anos de história, para que nossas Ilhas Malvinas voltem a fazer parte de nossas instituições, porque já são parte de nossa geografia e nossa história, e fazer isso pelo caminho da paz e da diplomacia'', disse.
''São vocês os que têm que continuar escrevendo a história (...) e devem fazê-lo unidos e organizados, para aprofundar a transformação'', acrescentou.
''Não sou eterna, são vocês os protetores desse legado'', concluiu a presidente.