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Crise política deixa 12 mortos e 500 presos em Honduras

Uma nova apuração iniciada no domingo e que terminou hoje depois de revisar 1.006 urnas ratificou a vantagem do atual presidente do país

Honduras: entre os mortos estão dois policiais, que foram baleados na noite de ontem em Río Tinto (Edgard Garrido/Reuters)

Honduras: entre os mortos estão dois policiais, que foram baleados na noite de ontem em Río Tinto (Edgard Garrido/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 21h39.

Tegucigalpa - A crise política de Honduras, intensificada desde a última quarta-feira com o início de manifestações da oposição, já deixou pelo menos 12 mortos, uma quantidade indeterminada de feridos, 500 presos e prejuízos milionários à economia do país.

Segundo a imprensa local e informações divulgadas pelo governo entre o começo da crise e esta segunda-feira, entre os mortos estão dois policiais, que foram baleados na noite de ontem em Río Tinto, no departamento de Olancho, no leste do país..

Os dois agentes foram mortos durante uma operação que visava fazer cumprir o estado de exceção em vigor desde a sexta-feira para evitar as manifestações violentas e o vandalismo. O decreto determina um toque de recolher das 18h às 6h locais.

Os agentes mortos foram identificados como Orlando Rivera e Israel Varela pelo porta-voz da Secretaria de Segurança, Jair Meza. Quatro dos suspeitos de atacar os policiais ficaram feridos e estão sendo mantidos sob custódia em um hospital da região.

A imprensa local também informou hoje sobre a morte de um homem que morreu quando pretendia assaltar na noite de ontem um posto de gasolina no município de Santa Rita. Um segurança do local acabou matando o criminoso a tiros.

O vandalismo, que o partido de oposição liderado pelo candidato Salvador Nasralla atribui a "infiltrados" em manifestações que eram pacíficas, também deixou grandes perdas materiais e econômicas.

Várias lojas foram destruídas e incendiadas. Os manifestantes também atacaram edifícios públicos em vários estrados.

As forças de segurança prenderam mais de 500 pessoas entre quarta-feira em domingo. Algumas dessas pessoas foram libertadas, mas outras serão denunciadas por violação à lei.

O partido de Nasralla acusa o governo pelas mortes violentas.

Uma nova apuração iniciada no domingo e que terminou hoje depois de revisar 1.006 urnas ratificou a vantagem do candidato do Partido Nacional e atual presidente do país, Orlando Hernández, sobre Nasralla.

Os resultados oficiais da eleição presidencial de Honduras serão anunciados ao longo do mês.

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