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Crise na Síria está se agravando, diz mediador da ONU

Lakhdar Brahimi chegou nesta quinta-feira a Damasco, onde se reunirá no sábado com o presidente sírio Bashar al Assad


	Lakhdar Brahimi (E), o enviado das Nações Unidas para a Síria: "acho que ninguém discorda sobre a necessidade de interromper o derramamento de sangue"
 (Louai Beshara/AFP)

Lakhdar Brahimi (E), o enviado das Nações Unidas para a Síria: "acho que ninguém discorda sobre a necessidade de interromper o derramamento de sangue" (Louai Beshara/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 13h17.

Damasco - O mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, disse nesta quinta-feira, em sua chegada a Damasco, que a "grande crise" vivida pelo país árabe desde março de 2011 está se agravando, segundo declarações divulgadas pela agência oficial "Sana".

"Viemos à Síria para fazer consultas com os irmãos sírios, pois há uma grande crise que está piorando", assegurou o enviado especial da ONU e da Liga Árabe.

Brahimi chegou nesta quinta-feira a Damasco, onde se reunirá no sábado com o presidente sírio Bashar al Assad em sua primeira visita ao país desde que assumiu oficialmente o cargo de mediador do conflito.

Em entrevista no aeroporto de Damasco, o enviado especial para a Síria pediu o fim do derramamento de sangue no país e expressou sua esperança de que sua missão tenha "êxito".

"Acho que ninguém discorda sobre a necessidade de interromper o derramamento de sangue e do retorno da harmonia entre os habitantes de uma só pátria", ressaltou.

Brahimi permanecerá em Damasco por três dias e realizará diversas reuniões com autoridades sírias, com representantes da oposição e com funcionários da ONU baseados no país, segundo explicou seu porta-voz, Ahmad Fawzi.

Os encontros começarão na sexta-feira com uma reunião com o ministro das Relações Exteriores do país, Walid Muallem. Depois, o mediador deve se encontrar com grupos da oposição interna.

Esta é a primeira visita oficial de Brahimi à Síria desde que assumiu o cargo em 1° de setembro, quando substituiu o ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, que tentou durante pouco mais de cinco meses pôr fim, sem sucesso, ao conflito.

Em uma de suas primeiras aparições públicas, Brahimi definiu sua tarefa como "extremamente difícil", mas disse que não podia rejeitar a oportunidade de tentar dar um fim ao conflito.

Brahimi viaja acompanhado de Mokhtar Lamani, que permanecerá em Damasco para assumir suas novas funções como chefe do Escritório da missão na capital síria.

O conflito que assola a Síria há 18 meses causou, segundo a ONU, 25 mil mortes. Além disso, fez com que um milhão de meio de pessoas abandonassem suas casas e se deslocassem internamente e 250 mil buscassem refúgio em países vizinhos. 

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