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Crise grega causou mais de 500 suicídios, diz pesquisa

Um estudo encontrou ligações claras entre os cortes e o número de homens que se mataram entre 2009 e 2010

Homem triste com a cabeça baixa (Getty Images)

Homem triste com a cabeça baixa (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de abril de 2014 às 12h19.

São Paulo - A crise grega pode ser a responsável pelo aumento no número de suicídios, principalmente entre os homens, segundo uma pesquisa da University of Portsmouth. Entre 2009 e 2010, os cortes na economia e a austeridade foram relacionados a mais de 500 mortes do tipo.

Segundo o jornal britânico The Guardian, as taxas de cortes nos gastos do Governo estão diretamente ligadas à taxa de suicídios. A pesquisa mostrou que a cada 1% de queda nos gastos, a taxa de suicídio entre homens aumenta 0,43%. 

Levando em consideração esta taxa, a crise grega teria sido responsável por 551 suicídios entre 2009 e 2010. "Isso é quase uma pessoa por dia. Tendo em conta que em 2010 havia cerca de dois suicídios na Grécia por dia, parece que 50% foram devido à austeridade", disse Nikolaos Antonakakis, um dos autores do estudo ao jornal.

O levantamento mostrou ainda a diferença no impacto da crise entre gêneros. A maioria das mortes foi de homens, entre 45 e 89 anos, idade em que estão mais sensíveis aos cortes governamentais.

Os autores do estudo planejam repetir as medições para outros países na zona do euro. A relação entre suicídio e crises econômicas, no entanto, já foi examinada por outras pesquisadores. O livro The Body Economic: Why Austerity Kills (O Corpo Econômico: Por que Austeridade Mata, em tradução livre), de David Stuckler e Sanjay Basu, relaciona as crises com o aumento em taxas de HIV e até com a malária. 

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