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Crise de refugiados é um teste para a União Europeia

Líderes europeus amargamente divididos tentarão encontrar uma resposta plausível à pior crise migratória do continente desde a Segunda Guerra Mundial em uma cúpula de emergência na semana que vem.

Bandeiras da União Europeia: havia 18,34 milhões de desempregados em setembro (Emmanuel Dunand/AFP)

Bandeiras da União Europeia: havia 18,34 milhões de desempregados em setembro (Emmanuel Dunand/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2015 às 16h40.

Bruxelas - Líderes europeus amargamente divididos tentarão encontrar uma resposta plausível à pior crise migratória do continente desde a Segunda Guerra Mundial em uma cúpula de emergência na semana que vem.

A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu neste domingo que seus pares aceitem a responsabilidade conjunta.

"A Alemanha está disposta a ajudar. Mas não é apenas um desafio para a Alemanha, mas para toda a Europa", disse Merkel. "A Europa precisa agir coletivamente e assumir a responsabilidade. A Alemanha não consegue lidar com essa tarefa sozinha".

Adotando um tom mais cético sobre migração do que nas semanas anteriores, Merkel também advertiu que a Alemanha não pode abrigar aqueles que estão se movendo por motivos econômicos, em vez de fugir de guerras ou da perseguição.

"Somos um país grande. Somos um país forte. Mas agir como se conseguíssemos resolver sozinhos todos os problemas sociais do mundo não seria realista", acrescentou.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que lidera cúpulas da União Europeia, disse em sua conta no Twitter neste domingo, após reunir-se no fim de semana com a Jordânia e com o Egito, que a UE precisa ajudar os refugiados da Síria a encontrar uma vida melhor.

Esse será um dos tópicos de discussão na cúpula de quarta-feira em Bruxelas, com centenas de milhares de refugiados e migrantes desbravando os mares e viajando através da empobrecida península dos Bálcãs buscando países mais ricos no norte da Europa.

O bloco econômico de 28 países-membros tem enfrentado dificuldades para encontrar uma resposta unificada à crise, que testou muitos de seus membros mais novos no Oriente, que não estão acostumados com imigração em larga escala.

Neste domingo, a Hugia erguei um portão de aço e cercas na fronteira com a Croácia, o mais novo país-membro da UE. Sobrecarregada por um influxo de cerca de 25 mil migrantes nesta semana, a Croácia tem enviado os migrantes para o norte, via ônibus e trens, para a Hungria, que os despacha, por sua vez, para a Áustria.

Por volta de 10,7 mil migrantes entraram na Áustria da Hungria neste domingo, em torno de 200 a mais do que no sábado.

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