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Crise de fome na Somália já matou cerca de 258 mil pessoas

Desse total, aproximadamente 133 mil eram crianças menores de cinco anos


	Seca na Somália: o número de mortos representa ao redor de 4,6% da população do sul e centro do país
 (Getty Images)

Seca na Somália: o número de mortos representa ao redor de 4,6% da população do sul e centro do país (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2013 às 09h05.

Nairóbi - A crise de fome que atinge a Somália matou cerca de 258 mil pessoas entre outubro de 2010 e setembro de 2012, entra elas aproximadamente 133 mil crianças menores de cinco anos, apontou um estudo elaborado por várias agências da ONU e pela americana USAID publicado nesta quinta-feira.

Segundo o documento, o número de mortos representa ao redor de 4,6% da população do sul e centro da Somália, e 10% dos menores de cinco anos nesta região.

Esta é a primeira vez que um número aproximado de mortos pela seca e fome que afetam seis regiões da Somália é divulgado.

"Agora temos uma ideia da verdadeira enormidade desta tragédia humana", disse no relatório Mark Smulders, economista da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

As regiões mais atingidas pelo problema foram Baixo Shabelle, Mogadíscio e Bay.

Em Baixo Shabelle, cerca de 18% das crianças menores de cinco anos morreram por causa da crise de fome, número que desce para 17% em Mogadíscio e 13% em Bay.


Além disso, o relatório apontou que os meses com mais mortes foram entre maio e agosto de 2011.

A organização americana FEWS NET, que também participou do estudo, afirmou que esta é a pior crise alimentícia da Somália em 25 anos.

O organismo garantiu a veracidade dos números e a solidez do estudo em função da "quantidade e qualidade dos dados" que tiveram acesso para elaborar o relatório.

O Chifre da África passou por uma das piores crises de fome de sua história em 2011, quando 13 milhões de pessoas foram afetadas.

A Somália foi o país que mais sentiu o efeito da tragédia humanitária, pois cerca da metade de sua população, ao redor de 3,7 milhões de pessoas, foram afetadas pela crise, acentuada pelo conflito interno e a falta de um governo efetivo no país há mais de vinte anos. 

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