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Cresce oposição de pais à vacina contra HPV

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos recomenda que meninos e meninas com idades entre 11 e 12 anos sejam vacinados contra a doença

Cientista manipula seringa com vacina contra HPV (AFP / Anne-Christine Poujoulat)

Cientista manipula seringa com vacina contra HPV (AFP / Anne-Christine Poujoulat)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2013 às 07h37.

Washington - O número de pais contrários às recomendações médicas de vacinar as filhas adolescentes contra o vírus do papiloma humano (HPV), a principal causa de câncer do colo do útero, está em alta, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira.

Entre as razões citadas pelos pais estão a pouca idade das filhas ou que não são sexualmente ativas, a preocupação com a segurança e com os efeitos colaterais, além da falta de conhecimento sobre a vacina, destaca o estudo publicado na revista americana Pediatrics.

Em 2008, 40% dos pais entrevistados afirmaram que não desejavam vacinar as filhas contra o HPV. Em 2010, o percentual subiu a 44%.

"Este é o caminho contrário que a taxa deveria ter", disse Robert Jacobson, pediatra do Centro Infantil de Mayo Clinic, em Phoenix (Arizona).

As pesquisas demonstram que a vacina contra o HPV é segura e eficaz.

"O HPV causa 100% de câncer do colo do útero e 50% dos americanos foram infectados pelo menos uma vez com o HPV. É uma infecção silenciosa. Não é possível saber quando se está exposto ou quando você tem", completou.

Apesar das dúvidas dos pais, o número de jovens vacinadas está em alta: 16% das adolescentes em 2008 e 33% em 2010.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos recomenda que meninos e meninas com idades entre 11 e 12 anos sejam vacinados contra o HPV, assim como as mulheres de até 26 anos e homens de até 21 anos, caso não tenham sido vacinados anteriormente.

O organismo também recomenda a vacina contra o HPV para homens que mantêm relações sexuais com homens.

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