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Cresce número de imigrantes que deixam Alemanha voluntariamente

País endureceu sua postura a respeito da imigração nos últimos meses, motivado pelas preocupações com a segurança e a integração

Imigração na Alemanha: Ministério das Finanças disse que o governo irá reforçar o financiamento para estimular as pessoas a partirem da Alemanha (Thinkstock/Thinkstock)

Imigração na Alemanha: Ministério das Finanças disse que o governo irá reforçar o financiamento para estimular as pessoas a partirem da Alemanha (Thinkstock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 28 de dezembro de 2016 às 10h43.

Berlim - Quase 55 mil imigrantes que não eram elegíveis para asilo ou que provavelmente seriam rejeitados deixaram a Alemanha voluntariamente em 2016, um aumento de 20 mil em comparação com 2015, informou o governo alemão nesta quarta-feira.

"É um aumento considerável em relação ao ano passado", disse o porta-voz do Ministério do Interior, Harald Neymanns, em uma coletiva de imprensa, dizendo que a cifra de 2016 subiu para 54.123 até 27 de dezembro. "O aumento é bem-vindo. Sempre é preferível quando as pessoas saem do país voluntariamente, em vez de serem deportadas".

O porta-voz do Ministério das Finanças disse que em 2017 o governo irá reforçar o financiamento --para 150 milhões de euros-- em apoio aos esforços para estimular as pessoas a partirem da Alemanha.

O país endureceu sua postura a respeito da imigração nos últimos meses, motivado pelas preocupações com a segurança e a integração, depois de acolher mais de 1,1 milhão de imigrantes do Oriente Médio, da África e de outras partes desde o início de 2015.

Na semana passada, um postulante a asilo que teve seu pedido rejeitado matou 12 pessoas lançando um caminhão contra um mercado natalino em Berlim, alimentando as críticas crescentes à política imigratória da chanceler alemã, Angela Merkel.

A maioria dos que partiram neste ano voltou a seus lares na Albânia, Sérvia, Iraque, Kosovo, Afeganistão e Irã, noticiou anteriormente o jornal Sueddeutsche Zeitung. Aqueles que partem podem solicitar um auxílio único de até 3 mil euros que deveria ajudá-los a encontrar trabalho em casa.

Separadamente, autoridades de segurança alemãs disseram à Reuters que o número dos que foram deportados depois que seus pedidos de asilo foram rejeitados aumentou para quase 23.800 entre janeiro e novembro -- mais do que os quase 20.900 de todo o ano de 2015.

Também cresceu a quantidade de refugiados recusados nas fronteiras. O jornal Neue Osnabruecker Zeitung disse que a polícia fez 19.720 refugiados darem meia-volta durante os primeiros 11 meses de 2016 -- em 2015 foram 8.913. A maioria era oriunda de Afeganistão, Síria, Iraque e Nigéria e havia se registrado em outros países da União Europeia.

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