Cresce consumo de maconha e ecstasy na Europa, diz relatório
O mercado de drogas ilícitas na UE foi avaliado em 24 bilhões de euros em 2013
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2016 às 16h08.
O aumento no consumo de cannabis , o retorno do ecstasy e a expansão do tráfico de drogas na internet são as principais conclusões do relatório de 2016 do Observatório Europeu de Drogas e Dependência Química (OEDT), apresentado nesta terça-feira.
Mais de 88 milhões de adultos, ou seja, mais de um quarto das pessoas com idades entre 15 e 64 anos já usaram drogas ilícitas na União Europeia, recordou o OEDT no seu relatório anual, apresentado em Lisboa.
"A Europa enfrenta problemas cada vez mais importantes com as drogas. A oferta e a demanda de novas substâncias psicoativas, estimulantes, heroína e outros opiáceos continuam a aumentar, o que tem consequências importantes em termos de saúde pública", disse Dimitris Avramopoulos, comissário europeu para Assuntos Internos, citado no estudo.
O mercado de drogas ilícitas na UE foi avaliado em 24 bilhões de euros em 2013.
Com 38%, a cannabis (importada ou produzida localmente) representa a parte mais importante deste mercado e sua produção tornou-se "o maior gerador de renda para o crime organizado", de acordo com o OEDT.
É seguida de heroína (28%), cocaína (24%), anfetaminas (8%) e ecstasy (3%).
A cannabis também representa três quartos das apreensões de drogas na Europa (50% para a erva e 24% para a resina), bem à frente da cocaína e do crack (9%), anfetaminas (5%), heroína (4%), ecstasy (2%), etc.
O observatório avalia o percentual de adultos americanos que consomem cannabis diariamente quase diariamente em 1%.
A quantidade do princípio ativo da erva (de 8% a 12% de tetrahidrocannabinol, THC) e da resina de cannabis (de 12% a 18% de THC) sofreu um aumento histórico, "que se deve talvez ao surgimento de técnicas de produção intensiva na Europa e, mais recentemente, à introdução de plantas com forte quantidade de princípio ativo no Marrocos".
Marketing sofisticado
Embora a cannabis continue a ser a droga mais consumida na Europa (51,4 milhões de homens e 32,4 milhões de mulheres experimentaram pelo menos uma vez), o OEDT observa uma vasta gama de possibilidades, especialmente com "uma retomada" do ecstasy, "tanto entre os consumidores de estimulantes clássicos como entre uma nova geração de jovens consumidores".
"Você pode encontrar pós, cristais e comprimidos em doses elevadas, com uma variedade de logotipos, cores e formas, bem como uma produção personalizada e marketing sofisticado e focado. Poderia ser uma estratégia deliberada dos produtores, a fim de melhorar a reputação desta droga, cujo consumo caiu por um longo tempo por causa de sua má qualidade" e numerosas falsificações, indica.
O observatório ressalta que "o potencial de expansão da oferta de drogas através da internet parece notável", com o mercado "darknets" (redes clandestinas sem referência), criptografia de dados e pagamento difícil de rastrear (uso de moeda eletrônica tipo bitcoin), embora a maioria das transações ocorra offline.
Em 2014, pelo menos 6.800 pessoas morreram de overdose na União Europeia, sobretudo de heroína, com "preocupantes" aumentos na Irlanda, Lituânia, Suécia e Reino Unido.
O aumento no consumo de cannabis , o retorno do ecstasy e a expansão do tráfico de drogas na internet são as principais conclusões do relatório de 2016 do Observatório Europeu de Drogas e Dependência Química (OEDT), apresentado nesta terça-feira.
Mais de 88 milhões de adultos, ou seja, mais de um quarto das pessoas com idades entre 15 e 64 anos já usaram drogas ilícitas na União Europeia, recordou o OEDT no seu relatório anual, apresentado em Lisboa.
"A Europa enfrenta problemas cada vez mais importantes com as drogas. A oferta e a demanda de novas substâncias psicoativas, estimulantes, heroína e outros opiáceos continuam a aumentar, o que tem consequências importantes em termos de saúde pública", disse Dimitris Avramopoulos, comissário europeu para Assuntos Internos, citado no estudo.
O mercado de drogas ilícitas na UE foi avaliado em 24 bilhões de euros em 2013.
Com 38%, a cannabis (importada ou produzida localmente) representa a parte mais importante deste mercado e sua produção tornou-se "o maior gerador de renda para o crime organizado", de acordo com o OEDT.
É seguida de heroína (28%), cocaína (24%), anfetaminas (8%) e ecstasy (3%).
A cannabis também representa três quartos das apreensões de drogas na Europa (50% para a erva e 24% para a resina), bem à frente da cocaína e do crack (9%), anfetaminas (5%), heroína (4%), ecstasy (2%), etc.
O observatório avalia o percentual de adultos americanos que consomem cannabis diariamente quase diariamente em 1%.
A quantidade do princípio ativo da erva (de 8% a 12% de tetrahidrocannabinol, THC) e da resina de cannabis (de 12% a 18% de THC) sofreu um aumento histórico, "que se deve talvez ao surgimento de técnicas de produção intensiva na Europa e, mais recentemente, à introdução de plantas com forte quantidade de princípio ativo no Marrocos".
Marketing sofisticado
Embora a cannabis continue a ser a droga mais consumida na Europa (51,4 milhões de homens e 32,4 milhões de mulheres experimentaram pelo menos uma vez), o OEDT observa uma vasta gama de possibilidades, especialmente com "uma retomada" do ecstasy, "tanto entre os consumidores de estimulantes clássicos como entre uma nova geração de jovens consumidores".
"Você pode encontrar pós, cristais e comprimidos em doses elevadas, com uma variedade de logotipos, cores e formas, bem como uma produção personalizada e marketing sofisticado e focado. Poderia ser uma estratégia deliberada dos produtores, a fim de melhorar a reputação desta droga, cujo consumo caiu por um longo tempo por causa de sua má qualidade" e numerosas falsificações, indica.
O observatório ressalta que "o potencial de expansão da oferta de drogas através da internet parece notável", com o mercado "darknets" (redes clandestinas sem referência), criptografia de dados e pagamento difícil de rastrear (uso de moeda eletrônica tipo bitcoin), embora a maioria das transações ocorra offline.
Em 2014, pelo menos 6.800 pessoas morreram de overdose na União Europeia, sobretudo de heroína, com "preocupantes" aumentos na Irlanda, Lituânia, Suécia e Reino Unido.