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Covid-19: NY anuncia restrições para restaurantes, bares e academias

Nos últimos sete dias, Nova York teve uma média de 3.200 novas infecções e quase 22 mortes por dia

Nova York: Governador disse que novas restrições, como limitar os restaurantes a abrirem com 25% da capacidade, podem ser necessárias caso o número de casos continue a aumentar (Michael Nagle/Bloomberg)

Nova York: Governador disse que novas restrições, como limitar os restaurantes a abrirem com 25% da capacidade, podem ser necessárias caso o número de casos continue a aumentar (Michael Nagle/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de novembro de 2020 às 11h11.

Última atualização em 12 de novembro de 2020 às 12h42.

Restaurantes, bares e academias terão de fechar às 22 horas em todo o Estado de Nova York a partir de sexta-feira, 13, anunciou o governador Andrew Cuomo. Em declaração na quarta-feira, o governador disse ainda que serão proibidas reuniões privadas com mais de dez pessoas. Cuomo afirmou que as restrições são necessárias porque novas infecções por coronavírus foram associadas a esses tipos de atividades. As empresas podem reabrir todas as manhãs. "Bares, restaurantes, academias, festas em casa, é daí que vem, principalmente (as contaminações)", disse Cuomo.

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As taxas de infecção por coronavírus continuam a aumentar em Nova York e no restante do país. Segundo o governador, 1.628 pessoas foram hospitalizadas em todo o Estado por covid-19 na terça-feira e 21 pessoas morreram. Só o serviço de retiradas será permitido que funcione depois das 22h.

Nos últimos sete dias, Nova York teve uma média de 3.200 novas infecções e quase 22 mortes por dia devido à covid-19. O número médio de novos casos por dia aumentou 85% nos últimos 14 dias. "O que estamos vendo é o que eles previram durante meses", disse Cuomo. "Nova York é um navio na maré covid."

As novas restrições terão de ser aplicadas pelos governos locais inclusive pela polícia da cidade de Nova York, disse Cuomo. Ele acrescentou que, depois das 22 horas, "se as luzes estiverem acesas e as pessoas estiverem bebendo, elas serão intimadas". O prefeito Bill de Blasio apoia as novas regras. "Devemos fazer todo o possível para conter uma segunda onda e essas medidas nos ajudarão a combatê-la na cidade de Nova York", disse o porta-voz Bill Neidhardt.

Cuomo fechou todos os negócios não essenciais no início do ano, quando Nova York era o epicentro da pandemia nos Estados Unidos, e começou a permitir que restaurantes e outros negócios abrissem com capacidade limitada quando as taxas de infecção pareciam sob controle.

Mesmo sem o fechamento antecipado, os donos de restaurantes reclamaram que as restrições dificultam a permanência no mercado. Mas Cuomo disse que outras restrições, incluindo limitar os restaurantes a abrirem com 25% da capacidade em todo o Estado, podem ser necessárias se o número de casos de covid-19 continuar a aumentar.

"É difícil para bares e restaurantes. É difícil em academias. É difícil para todos", disse Cuomo. "Estamos próximos da linha de chegada. A vacina foi descoberta. Tem que ser aperfeiçoada, tem que ser operacionalizado, mas vemos a linha de chegada".

O anúncio de Cuomo veio dias depois de o governador de Nova Jersey, Phil Murphy, ter anunciado que bares e restaurantes em seu Estado teriam que interromper as refeições em ambientes fechados às 22 horas.

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