China concede primeira patente de vacina contra covid-19. (China Daily/Reuters)
Fabiane Stefano
Publicado em 26 de setembro de 2020 às 08h15.
O programa chinês de vacinas contra a covid-19 está "na liderança" e o governo de Pequim espera chegar até o final do ano com uma capacidade de produção anual de mais de 610 milhões de doses, informaram as autoridades em coletiva de imprensa na sexta-feira (25). No decorrer de 2021, o país espera produzir ao menos 1 bilhão de doses.
Aproximadamente 11 vacinas chinesas estão sendo testadas clinicamente, com quatro delas na fase três e em fase de progresso, afirmou Wu Yuanbin, do Ministério da Ciência e Tecnologia. "A pesquisa na China sobre uma vacina covid-19 está na liderança" afirmou Wu. "Estamos vendo que são vacinas seguras e que não produzem sérias reações adversas".
Uma dessas vacinas chinesas é a Coronavac, da Sinovac, cuja importação de 46 milhões de doses até dezembro já foi garantida pelo governo estadual de São Paulo, na expectativa de que a vacina funcione. Cerca de 9 mil profissionais da saúde foram voluntários na terceira fase de testes no Brasil, e os resultados devem ser conhecidos em outubro.
Na China, centenas de milhares de trabalhadores em setores essenciais de portos, hospitais e outras atividades de alto risco recebem uma vacina experimental desde julho, segundo as autoridades, que afirmam que o programa tem o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"A segurança da vacina (experimental) foi comprovada, mas sua eficácia não está totalmente certificada", destacou Zheng Zhongwei, da Comissão Nacional de Saúde.