Fabricio Alvarado Munoz e Carlos Alvarado Quesada, candidatos à presidência da Costa Rica (Juan Carlos Ulate/Reuters)
AFP
Publicado em 31 de março de 2018 às 14h10.
A Costa Rica vota neste domingo para escolher seu novo presidente, dividido entre duas opções opostas: o pregador evangélico Fabricio Alvarado, opositor ferrenho ao casamento homossexual, e Carlos Alvarado, um ex-ministro do atual governo de centro-esquerda.
Cerca de 3,3 milhões de pessoas devem comparecer às urnas no segundo turno escolher entre dois candidatos jovens e jornalistas, que também compartilham o mesmo sobrenome embora não sejam parentes.
Fabricio Alvarado, um jornalista e ex-deputado de 43 anos, é candidato pelo partido conservador Restauração Nacional (RN), um partido surgido das igrejas neopentecostais que proliferaram na Costa Rica nas últimas décadas.
Carlos Alvarado, é ex-ministro do Trabalho, tem 38 anos e se candidata pelo pelo Partido Ação Cidadã (PAC), que atualmente está no governo.
"É a primeira vez que se polariza uma eleição na Costa Rica entre temas religiosos e de direitos humanos", comentou o analista Gustavo Araya, da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso).
Fabricio Alvarado se tornou uma opção viável no primeiro turno eleitoral depois que anunciou, no dia 10 de janeiro, sua intenção de retirar a Costa Rica da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CorteIDH), que um dia antes havia se pronunciado a favor do casamento homossexual.
Carlos Alvarado, ao contrário, tem defendido esse tipo de união, o Estado laico e uma agenda de direitos humanos.
Segundo uma pesquisa recente da Universidade da Costa Rica, o candidato evangélico tem 43% das intenções de voto frente aos 42% de seu rival.