Coreia do Sul faz exercício naval em resposta à Coreia do Norte
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, disse que mísseis experimentais de alcance intercontinental estão na "fase final" de seu desenvolvimento
EFE
Publicado em 2 de janeiro de 2017 às 10h39.
Seul - A Marinha da Coreia do Sul realizou nesta segunda-feira um exercício naval na costa da península coreana para reforçar sua capacidade de resposta ao programa nuclear e de mísseis norte-coreano.
Participaram das manobras 20 navios de guerra e aviões para responder ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, que em sua mensagem de Ano Novo disse que os mísseis experimentais de alcance intercontinental do país asiático estão na "fase final" de seu desenvolvimento.
As palavras de Kim despertaram o temor no país vizinho sobre o potencial armamentista da Coreia do Norte e reavivou velhas feridas abertas, como o bombardeio norte-coreano à ilha de Yeonpyeong em 2010, que causou a morte de dois fuzileiros navais e dois civis, e o naufrágio do Cheonan, no mesmo ano, no qual morreram 46 soldados.
A Força Naval sul-coreana orientou os marinheiros a "manterem-se concentrados em seus deveres e estarem dispostos a lutar a qualquer momento", já que a Coreia do Norte poderia aumentar a tensão militar na região aproveitando as mudanças políticas nos Estados Unidos e na própria Coreia do Sul, segundo comunicado divulgado pela agência local "Yonhap".
Os exercícios navais simularam o ataque a submarinos inimigos e navios de guerra no Mar do Japão e no Mar Amarelo, ao longo da costa da penísula da Coreia, a proteção de instalações nucleares e a detenção de navios suspeitos de levar armas de destruição em massa.
As manobras mobilizaram as novas fragatas de 2.500 toneladas de Sul, seus patrulheiros de 1.000 toneladas e navios de ataque de 130 toneladas, assim como helicópteros Lynx e o avião de patrulha marítima P-3.
O exército também fez nesta segunda-feira um exercício com fogo real com canhões K-9 e a Força Aérea sul-coreana efetuou manobras sobre o Mar do Japão para provar sua capacidade defensiva, acrescentou a "Yonhap".