Coreia do Sul atira em drone suspeito na fronteira com Norte
Ação ocorreu com as tensões já altas na península coreana após o teste de lançamento de míssil balístico pela Coreia do Norte no último domingo
Reuters
Publicado em 23 de maio de 2017 às 09h29.
Seul - O Exército da Coreia do Sul disparou tiros de aviso contra um drone suspeito da Coreia do Norte , nesta terça-feira, em meio a tensões sobre o último teste de mísseis de Pyongyang, que gerou condenação internacional e um alerta da China.
A identidade do objeto continua incerta, segundo o Exército, mas a agência de notícias Yonhap afirmou ser possivelmente um drone, de onde mais de 90 tiros foram disparados em resposta até desaparecer dos radares.
A incursão ocorreu com as tensões já altas na península coreana após o teste de lançamento de míssil balístico pelo Norte no domingo, o qual Pyongyang afirmou provar avanços na busca da construção de uma arma com ponta nuclear que possa atingir alvos norte-americanos.
Os Estados Unidos têm tentado persuadir a China, principal aliada da Coreia do Norte, a fazer mais para controlar a Coreia do Norte, que tem conduzido dezenas de lançamentos de mísseis e que testou duas bombas nucleares desde o início do ano passado, desafiando as sanções e resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O Norte não esconde seus planos de desenvolver um míssil capaz de atingir os Estados Unidos e tem ignorado pedidos de interromper seus programas de armas, mesmo da China. O país afirma que o programa é necessário para conter a agressão norte-americana.
"Pedimos à Coreia do Norte para que não faça nada para violar novamente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU", disse o Ministro das Relações Exteriores da China Wang Yi em comunicado publicado no site do Ministério nesta terça-feira.
"Ao mesmo tempo, esperamos que todas as partes possam manter a moderação, não serem influenciados por cada incidente,... persistir no cumprimento das resoluções do Conselho de Segurança na Coreia do Norte e perseverar com a resolução da questão através de meios pacíficos, diálogo e consultas."