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Coreia do Norte ratifica pacto com a Rússia que inclui assistência militar mútua

Documento foi assinado em junho durante visita de Vladimir Putin a Kim-Jong-un

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 12 de novembro de 2024 às 08h10.

A Coreia do Norte ratificou nesta terça-feira, 12, seu tratado de parceria estratégica com a Rússia, que inclui uma cláusula de defesa mútua, segundo a imprensa estatal do país asiático, depois que Pyongyang enviou tropas para apoiar a invasão russa à Ucrânia.

O líder norte-coreano Kim Jong-un assinou o pacto de “parceria estratégica abrangente” no dia anterior, de acordo com a agência de notícias estatal norte-coreana "KCNA", referindo-se ao acordo bilateral que prevê assistência militar em caso de agressão contra uma das partes e que entrará em vigor quando os documentos forem trocados.

“O 'Tratado de Parceria Estratégica Abrangente entre a República Popular Democrática da Coreia e a Federação Russa', concluído em Pyongyang em 19 de junho de 2024, foi ratificado por um decreto do presidente de Assuntos de Estado da República Popular Democrática da Coreia”, disse um breve texto divulgado pela "KCNA" nesta terça-feira.

Em 6 de novembro, o Senado russo também ratificou o documento, que estabelece que, se uma das partes signatárias sofrer um ataque armado, a outra fornecerá imediatamente assistência militar e de outra natureza.

O presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, assinaram o tratado em junho, durante uma visita do líder do Kremlin a Pyongyang.

De acordo com a Ucrânia e alguns de seus aliados, a Coreia do Norte já enviou cerca de 11 mil militares para a Rússia, e alguns já se juntaram às tropas russas que lutam contra o exército ucraniano na região russa de Kursk, que fica na fronteira com a Ucrânia e está parcialmente ocupada pelas forças de Kiev desde agosto.

A Rússia, que até o momento não confirmou ou negou a presença de tropas norte-coreanas em seu território, garante que o tratado com o regime de Pyongyang é de “natureza defensiva e não é direcionado contra a segurança de terceiros países”.

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