Trump: o presidente dos EUA deve se reunir em breve com o líder norte-coreano, Kim Jong-un (Jonathan Ernst/Reuters)
EFE
Publicado em 9 de maio de 2018 às 08h03.
Última atualização em 9 de maio de 2018 às 12h47.
Seul - A Coreia do Norte voltou a advertir, nesta quarta-feira, os Estados Unidos sobre a dureza de seu discurso e pediu ao governo de Donald Trump para não minar o ambiente de diálogo gerado antes da cúpula que presidente americano manterá em breve com o líder Kim Jong-un.
"Os EUA deveriam saber que é melhor se abster de palavras e ações que possam prejudicar o bom ambiente excepcionalmente gerado para as conversas" entre os dois líderes, diz um editorial publicado hoje pelo jornal "Rodong Sinmun".
O texto acrescenta que Washington "também deveria esforçar em mostrar atitudes sinceras e genuínas à altura das atuais circunstâncias".
No último final de semana, a agência de notícias "KCNA" já tinha acusado os EUA de "manipular a opinião pública" ao afirmar que a vontade de desnuclearizar expressa por Pyongyang após sua recente reunião com Seul "é o resultado de pressão e sanções" impulsionadas pelo governo Trump.
Esta nova advertência de Pyongyang sobre o discurso linha-dura da nova equipe de negociação dos EUA acontece no mesmo dia em que o secretário de Estado Mike Pompeo, aterrissou na capital norte-coreana para preparar a reunião.
As palavras do regime também acontecem imediatamente depois que o próprio Trump anunciasse, ontem, a ruptura do acordo nuclear com o Irã, um gesto que alguns analistas acham que pode estabelecer um mal precedente em relação com a cúpula com Kim, enfatizando precisamente a mencionada linha-dura.
O encontro, que será o primeiro entre líderes da Coreia do Norte e EUA, ainda não tem data e local definido.