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Coreia do Norte lança míssil às vésperas de retomar negociações com EUA

Analistas acreditam que Pyongyang está tentando demonstrar progresso bélico enquanto as negociações com Washington permanecem no limbo

Coreia do Norte: após um mês de interrupção nos testes de mísseis, a país lançou dois mísseis de curto alcance (Kim Hong-Ji/Reuters)
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Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2019 às 10h16.

Seul — Após um mês de interrupção nos testes de mísseis, a Coreia do Norte lançou dois mísseis de curto alcance no mar de seu litoral leste nesta quinta-feira, o que pareceu o teste mais recente de seus novos lançadores de foguetes múltiplos, disseram os militares sul-coreanos.

Os lançamentos ocorreram perto do encerramento do prazo do final do ano que Pyongyang deu para os Estados Unidos retomarem as conversas de desnuclearização, que atualmente estão congeladas.

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O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) disse que o vizinho do norte lançou os dois mísseis no mar com lançadores na cidade costeira de Yonpo perto das 17h (horário local).

Os foguetes percorreram até 380 quilômetros e alcançaram uma altitude de 97 quilômetros, disse o JCS.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse que o lançamento foi uma ameaça não somente ao seu país, mas à região e além, mas seu Ministério da Defesa disse que o projétil não entrou no espaço aéreo japonês ou em sua Zona Econômica Exclusiva.

"Manteremos contato próximo com os Estados Unidos, a Coreia do Sul e a comunidade internacional para monitorar a situação", disse Abe aos repórteres.

O lançamento foi o primeiro desde 31 de outubro, quando a Coreia do Norte testou o que chamou de lançadores de foguetes múltiplos supergrandes, que também haviam sido usados em testes realizados em agosto e setembro que foram supervisionados pelo líder norte-coreano, Kim Jong Un.

Analistas acreditam que Pyongyang está tentando demonstrar progresso no desenvolvimento de armas enquanto as negociações com Washington permanecem no limbo.

Os militares sul-coreanos expressaram um "forte pesar", exortando Pyongyang a parar de atiçar a tensão militar.

"Tais atos da Coreia do Norte não ajudam os esforços para amenizar a tensão na península coreana", disse Jeon Dong-jin, diretor de operações do JCS, em um briefing.

O teste também ocorreu uma semana depois de Seul recuar de uma decisão de descartar um pacto de compartilhamento de inteligência com o Japão, um elemento central da cooperação de segurança entre os aliados cruciais dos EUA na região.

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