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Coreia do Norte festeja aniversário com desfile sem exibição de mísseis

Esta é uma das datas mais importantes do calendário político do país. No 70º aniversário, o tema das celebrações foi a unificação das Coreias

Aniversário da Coreia do Norte: Normalmente, o país exibe nesta data algumas das suas armas nucleares (Danish Siddiqui/Reuters)
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AFP

Publicado em 9 de setembro de 2018 às 09h36.

As comemorações na Coreia do Norte pelo 70º aniversário de sua criação começaram neste sábado (8) com uma exibição de suas conquistas, mas sem o desfile de seus mísseis.

A República Popular Democrática da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte) foi proclamada em 9 de setembro de 1948, três anos depois de que Moscou e Washington dividiram a península, no fim da Segunda Guerra Mundial.

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Esta data é uma das mais importantes do calendário político norte-coreano.

Os desfiles militares, supervisionados pelo líder Kim Jong Un, o terceiro membro de sua família a dirigir o país, são cruciais para os observadores internacionais, que perscrutam todos os detalhes para ficarem a par dos últimos avanços militares do país.

Normalmente, nesta parada são exibidas algumas das armas nucleares que Pyongyang quer alardear.

Para o espetáculo coreográfico, que este ano será intitulado "O país glorioso", segundo a agência oficial norte-coreana KCNA, os participantes, que podem chegar a 100.000, estão ensaiando há meses.

Os festejos começaram no sábado à noite com um concerto para milhares de pessoas no estádio coberto de Pyongyang, com uma apresentação de três dos conjuntos musicais mais importantes do país, o coro das Forças Armadas, a orquestra Samjiyon e o grupo de dança Mansudae.

Nestas ocasiões os músicos e dançarinos se apresentam em frente a um telão em que se exibem os grandes êxitos do país.

Nos últimos anos essas imagens incluíram sequências do lançamento de mísseis balísticos e dos ensaios nucleares de Pyongyang, o que renderam sanções internacionais ao país.

Mas desde fevereiro o regime norte-coreano iniciou uma etapa de abertura diplomática em direção à Coreia do Sul e aos Estados Unidos, coroada com o histórico encontro entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, em junho.

Este ano, em vez de mísseis, as imagens projetadas no sábado durante o concerto mostraram o desenvolvimento econômico do país, com fábricas, usinas siderúrgicas e abundantes campos de trigo.

Algumas sequências mostraram as Forças Armadas, mas só com equipamento convencional.

E uma delas, com tanques avançando, voo de aviões de caça e marcha de tropas de infantaria, nas que se lia uma mensagem: "A força militar garante a paz".

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