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Coreia do Norte faz primeiro teste de mísseis durante governo Biden

Washington minimizou os primeiros testes do tipo no governo Joe Biden, e se disse ainda aberta a dialogar com os norte-coreanos

O Estado-Maior da Coreia do Sul disse que dois mísseis de cruzeiro foram lançados de Onchon, cidade do litoral oeste norte-coreano, na manhã de domingo ("AFP PHOTO/KCNA VIA KNS/AFP)
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Reuters

Publicado em 24 de março de 2021 às 08h47.

A Coreia do Norte lançou dois mísseis de curto alcance no final de semana, disseram autoridades norte-americanas e sul-coreanas, mas Washington minimizou os primeiros testes do tipo no governo do presidente Joe Biden,e se disse ainda aberta a dialogar com Pyongyang.

Os testes norte-coreanos envolveram sistemas de armas no extremo inferior do espectro, que não são cobertos pelas proibições de testes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, disseram dois funcionários graduados do governo Biden em uma teleconferência na terça-feira.

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O Estado-Maior da Coreia do Sul (JCS) disse que dois mísseis de cruzeiro foram lançados de Onchon, cidade do litoral oeste norte-coreano, na manhã de domingo.

A Coreia do Sul havia detectado sinais de que um teste era iminente e estava fazendo um monitoramento em tempo real, afirmou uma autoridade do JCS aos repórteres nesta quarta-feira. O JCS relata testes de armas avançadas da Coreia do Norte, como bombas nucleares e mísseis balísticos, quase em tempo real, mas não alguns testes de armas de calibre mais baixo e de alcance mais curto.

O lançamento assinala o primeiro teste de armas norte-coreano de conhecimento público desde que Biden tomou posse, em janeiro.

Mas Biden o minimizou, dizendo que "não mudou muita coisa", e uma autoridade graduada dos EUA disse que foi um teste "normal" e desaconselhou "fazer alarde".

"Não, de acordo com o Departamento de Defesa, é algo corriqueiro. Não existe nenhum problema novo no que fizeram", disse Biden aos repórteres ao voltar de uma visita a Ohio ao ser indagado se o teste foi uma provocação.

O Pentágono não quis comentar o teste, que foi noticiado primeiramente pelo jornal Washington Post. A missão da Coreia do Norte na Organização das Nações Unidas (ONU) não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

A reação da China foi quase igualmente contida. "Exortamos todas as partes a manterem o diálogo e as consultas, a trabalharem juntas para manter a situação calma", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, em uma coletiva de imprensa de rotina em Pequim nesta quarta-feira.

O teste ocorreu poucos dias depois de o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, prometer trabalhar para desnuclearizar a Coreia do Norte e criticar seus abusos de direitos humanos "sistêmicos e generalizados" durante sua estadia em Seul com o secretário de Defesa dos EUA.

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