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Coreia do Norte diz que EUA enviaram bombardeiros atômicos

O envio dos bombardeiros seria uma resposta ao teste de mísseis balístico realizado ontem por Pyongyang

Coreia do Norte: a ação dos EUA se tornaria uma exibição de força militar (KCNA/Reuters)
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EFE

Publicado em 30 de maio de 2017 às 06h27.

Última atualização em 30 de maio de 2017 às 11h30.

Seul — A Coreia do Norte disse, nesta terça-feira, que os Estados Unidos enviaram bombardeiros atômicos perto do seu território, em aparente resposta ao seu teste de mísseis balísticos realizado ontem, e acusou Washington de querer "desencadear uma guerra nuclear" com essas ações.

"Uma formação" de bombardeiros estratégicos B-1B voou de Guam "ao amanhecer" e chegou a se aproximar a cerca de 80 quilômetros da cidade sul-coreana de Gangneung, perto da fronteira com a Coreia do Norte, onde testaram um "bombardeio nuclear", segundo uma nota publicada pela agência estatal norte-coreana "KCNA".

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Uma fonte do governo sul-coreano confirmou, entretanto, para a agência local "Yonhap", que dois B-1B chegaram à área mencionada, acompanhados por caças F-15K, em torno das 10h30 (hora local) de ontem.

O míssil de curto alcance norte-coreano atingiu uma altura máxima de 120 quilômetros e percorreu cerca de 450 quilômetros para o leste antes em cair no Mar do Japão.

A ação dos EUA se tornaria uma exibição de força militar em resposta ao novo teste armamentístico feito por Pyongyang.

"Tais provocações militares dos imperialistas americanos são um chilique irresponsável que colocou a península coreana à beira da guerra", denunciou a nota da KCNA, acusando Washington de querer eliminar o regime de Kim Jong-un com armas nucleares, e chamou o governo norte-americano de hipócrita em relação a suas ofertas de diálogo.

O texto conclui advertindo que uma guerra atômica na península "desencadearia um desastre que transformaria o território continental dos Estados Unidos em terra arrasada".

O teste de mísseis de ontem foi o nono de Pyongyang realizado neste ano e o terceiro em apenas três semanas.

Os insistentes testes armamentistas da Coreia do Norte causaram um aumento da tensão na região e uma escalada verbal com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chegou a insinuar que estuda possíveis ataques preventivos.

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