Coreia do Norte lança novo míssil; Japão diz que sobrevoou o país
O míssil sobrevoou a ilha de Hokkaido e caiu em águas do oceano Pacífico, de acordo com o sistema de alerta do governo japonês
EFE
Publicado em 14 de setembro de 2017 às 19h33.
Última atualização em 14 de setembro de 2017 às 21h34.
Seul/Tóquio - A Coreia do Norte disparou um míssil na sexta-feira (horário local) que ultrapassou o norte do Japão , Hokkaido, e caiu no Oceano Pacífico, disseram autoridades sul-coreanas e japonesas, aumentando ainda mais as tensões após o recente teste de Pyongyang de uma poderosa bomba nuclear.
O míssil voou sobre o Japão, aterrissando no Pacífico cerca de 2.000 km a leste de Hokkaido, afirmou o secretário de gabinete do Japão, Yoshihide Suga, a repórteres.
"Essas provocações repetidas por parte da Coreia do Norte são inadmissíveis e nós protestamos nas palavras mais fortes", disse Suga.
O míssil não identificado atingiu uma altitude de cerca de 770 km e voou 3.700 km, de acordo com as Forças Armadas da Coreia do Sul - o suficiente para chegar ao território dos EUA no Pacífico, Guam.
No mês passado, a Coreia do Norte disparou um míssil de área semelhante perto da capital, Pyongyang, que também voou sobre Hokkaido para o oceano.
A Coreia do Sul disse ter disparado um teste de míssil no mar para coincidir com o lançamento da Coreia do Norte. Os governos sul-coreano e japonês convocaram uma reunião urgente de seus conselhos de segurança.
O lançamento norte-coreano ocorre um dia após a Coreia do Norte ameaçar afundar o Japão e reduzir os Estados Unidos a "cinzas e escuridão" por apoiar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que impôs novas sanções contra o teste nuclear de 3 de setembro, o mais poderoso até agora.
A Coreia do Norte acusa os EUA, que tem 28.500 soldados na Coreia do Sul, de planejarem invadir e ameaçar regularmente destruí-la e a seus aliados asiáticos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu que a Coreia do Norte nunca terá permissão de ameaçar o país com um míssil nuclear, mas também pediu à China que faça mais para controlar seu vizinho. A China, por sua vez, defende uma resposta internacional ao problema.