Sul-coreanos acompanham lançamento de míssil pela Coreia do Norte em estação de trem (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 3 de outubro de 2021 às 09h22.
A Coreia do Norte criticou neste domingo (3) a reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para abordar o teste de um míssil apresentado como "hipersônico", e acusou os países membros de brincar com uma "bomba-relógio".
A reunião a portas fechadas, que durou pouco mais de uma hora, foi solicitada por Estados Unidos, França e Reino Unido depois que o regime norte-coreano anunciou em 29 de setembro que testou um míssil "hipersônico".
Os cinco países do Conselho de Segurança não chegaram a um acordo sobre um projeto de declaração, pois "Rússia e China informaram que não era pertinente no momento", segundo uma fonte diplomática.
Mas o encontro provocou indignação em Pyongyang, que neste domingo o chamou de "ofensa injustificável" a sua soberania e de "grave provocação intolerável".
"Exigir que renunciemos a nosso direito de autodefesa reflete sua intenção de não reconhecer a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) como um Estado soberano", declarou Jo Chol Su, diretor para organizações internacionais no ministério norte-coreano das Relações Exteriores.
"Expresso minha grande preocupação com o fato de que o Conselho de Segurança da ONU tenha se divertido utilizando desta vez uma perigosa 'bomba-relógio'", completou em uma declaração citada pela agência de notícias oficial KCNA.
Na sexta-feira, poucas horas antes da reunião do Conselho de Segurança, a Coreia do Norte lançou um míssil antiaéreo.
Poucos dias antes, Pyongyang anunciou que testou com sucesso um míssil "hipersônico", muito mais rápido e difícil de interceptar pelos sistemas de defesa.