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Coreia do Norte ameaça acelerar programa nuclear perante sanções

Sendo o ministério norte-coreano de Assuntos Exteriores, "o ódio e a ira do Exército e do povo só aumentarão" perante a intensificação da pressão

Coreia do Norte: as sanções afetam 15 órgãos do Partido dos Trabalhadores e do governo, 73 entidades e cerca de 90 indivíduos (KCNA/Reuters)
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EFE

Publicado em 16 de junho de 2017 às 09h40.

Seul - A Coreia do Norte afirmou nesta sexta-feira que pretende "acelerar ainda mais" seu programa armamentístico nuclear perante as sanções e a pressão internacional sobre o país, que a seu julgamento constituem uma "agressão" comandada pelos Estados Unidos e novas forças hostis.

O ministério norte-coreano de Assuntos Exteriores lançou hoje esta advertência em um comunicado divulgado pela agência estatal KCNA, no qual também realiza uma recontagem das sanções que pesam sobre o país há décadas pelos seus sucessivos testes nucleares e lançamentos de mísseis balísticos.

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"As desprezíveis sanções e a pressão imposta sobre a DPRK (sigla em inglês de República Democrática Popular da Coreia, nome oficial do país) chegaram ao extremo", aponta o comunicado.

Perante esta intensificação da pressão, "o ódio e a ira do Exército e do povo só aumentarão, e a DPRK acelerará ainda mais o desenvolvimento da sua força nuclear para cortar pela raiz a base desta agressão", aponta a nota.

O comunicado também recapitula as sanções que pesam atualmente sobre o regime, que afetam 15 órgãos do Partido dos Trabalhadores e do governo, 73 entidades e cerca de 90 indivíduos, bem como 16 aviões e navios de carga, "nenhum dos quais está associado ao transporte de munição", segundo o ministério.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou no começo do mês uma nova resolução que amplia as sanções econômicas impostas à Coreia do Norte pelo seu programa balístico e nuclear, que vem intensificando apesar das advertências das Nações Unidas.

Pyongyang realizou neste ano dez testes de mísseis de diferente tipo, o que elevou a tensão na região e suscitou uma enérgica resposta por parte da Administração de Donald Trump, que aumentou seu desdobramento militar perto da península da Coreia e inclusive insinuou a possibilidade de realizar ataques preventivos.

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