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Copa de 2014 cria oportunidades para pequenos produtores de alimentos orgânicos

Discussão sobre a amplicação do mercado de produtos orgânicos com uma Copa mais sustentável é tema do seminário Green Rio

O foco da discussão será nas 12 cidades-sede dos jogos (Jcsalmon/Wikimedia Commons)

O foco da discussão será nas 12 cidades-sede dos jogos (Jcsalmon/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2011 às 06h48.

Rio de Janeiro - A decisão do governo federal de tornar a Copa de 2014 sustentável, aliando sua imagem à questão ambiental, traz para os produtores orgânicos brasileiros oportunidades de ampliação dos mercados consumidores e de expansão da produção.

O tema será discutido no seminário Green Rio – Oportunidades e Desafios da Copa de 2014, que o portal Planeta Orgânico promove hoje (23) à tarde no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no estado do Rio.

“O foco desses seminários é ir levantando oportunidades em diferentes regiões do estado, que possam atender a essa demanda que vai existir em função de uma Copa orgânica e sustentável”, disse à Agência Brasil a diretora do Planeta Orgânico, Maria Beatriz Martins Costa.

A coordenadora do Centro Sebrae de Inteligência em Orgânicos, Sylvia Wachsner, considera que a entrada dos alimentos orgânicos na programação da Copa abre caminho para que o mesmo tratamento seja dado às Olimpíadas de 2016. “Essa determinação governamental sinaliza para o crescimento da agricultura orgânica no país, das informações para os produtores e das cadeias que podem oferecer esses produtos”, disse ela.

O foco será nas 12 cidades-sede dos jogos. Como nem todas essas cidades têm produtores orgânicos, a ideia do governo é comprar os produtos de pequenos agricultores localizados perto de cada sede da Copa, explicou Sylvia. “Sempre tratando de comprar dos produtores que ficam próximos dos grandes centros, em um raio de cento e tantos quilômetros. Isso é uma oportunidade enorme para os produtores orgânicos, não só para os chamados produtos verdes, como para produtos beneficiados, entre eles laticínios e grãos, para alimentação de atletas e de visitantes”, acrescentou.

O ideal, disse Sylvia, é que os alimentos orgânicos sejam oferecidos às pessoas que vão assistir aos jogos, incluive aos turistas que virão ao Brasil para o evento, nos supermercados. A ideia é “criar consciência e oferecer mais produtos orgânicos”.

Maria Beatriz reforçou que essa será uma grande oportunidade para os restaurantes, hotéis e pousadas que estiverem envolvidos na iniciativa da Copa orgânica e sustentável. Ela acredita que isso fará com que os empreendimentos sejam divulgados em sites e campanhas que o governo vai apoiar. “Eles vão ter uma espécie de selo, identificando que esse é um estabelecimento que tem no seu cardápio, por exemplo, produtos orgânicos. Ou tem produtos do comércio justo ou da agricultura familiar”.

Os quatro indicadores que vão fazer parte da Copa são orgânicos, comércio justo, agricultura familiar e produtos da biodiversidade. “Então, na medida em que esses estabelecimentos estejam comercializando produtos que tenham essa origem rastreada, eles vão fazer parte de uma divulgação que o governo quer promover da Copa orgânica e sustentável”.

Maria Beatriz estima que a demanda vai ser muito grande. O Ministério da Agricultura deverá lançar, neste segundo semestre, dados estatísticos atualizados sobre a produção orgânica no Brasil. Os últimos números indicam a existência de cerca de 10 mil produtores. Para a diretora do Planeta Orgânico, a divulgação vai estimular o setor.

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