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Contas externas têm resultado negativo de US$ 25,448 bilhões

A balança de serviços e rendas contribui para elevar o resultado negativo das transações correntes

Houve superávit comercial de US$ 12,967 bilhões neste primeiro semestre, contra US$ 7,884 bilhões registrados em igual período de 2010 (Arquivo)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2011 às 11h57.

Brasília - O resultado das transações do Brasil com o exterior ficou negativo em US$ 25,448 bilhões no primeiro semestre de 2011, contra US$ 23,847 bilhões registrados em igual período do ano passado. Somente em junho, o déficit das transações correntes ficou em US$ 3,3 bilhões, contra US$ 5,273 bilhões registrados em igual mês de 2010. Os dados foram divulgados hoje (26) pelo Banco Central (BC).

A conta de transações correntes registra as compras e vendas de mercadorias e serviços. Nesse cálculo estão incluídas as exportações e importações de mercadorias que formam a balança comercial. No primeiro semestre, houve superávit comercial (as exportações foram maiores do que as importações) de US$ 12,967 bilhões, contra US$ 7,884 bilhões registrados em igual período de 2010.

Esse saldo positivo da balança comercial contribuiu para que o resultado das déficit das transações correntes não fosse mais elevado. Em junho, o superávit comercial chegou a US$ 4,428 bilhões, contra US$ 2,270 bilhões de igual mês do ano passado.

Por outro lado, a balança de serviços e rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros, viagens internacionais, aluguel de equipamentos, royalties e outros) contribui para elevar o resultado negativo das transações correntes. No primeiro semestre, a balança de serviços e rendas ficou negativa em US$ 39,937 bilhões, contra US$ 33,243 bilhões verificados de janeiro a junho de 2010. Somente em junho, houve déficit de US$ 7,838 bilhões, contra US$ 7,658 bilhões de igual período do ano passado.

Na conta de transações correntes também estão incluídas as transferências unilaterais correntes, que são doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens. No primeiro semestre, as transferências unilaterais correntes registram ingresso líquido (descontada a saída) de US$ 1,522 bilhão, contra US$ 1,512 bilhão de igual período de 2010. Em junho, houve ingresso líquido de US$ 110 milhões, contra US$ 115 milhões do mesmo mês de 2010.

Como o resultado das transações correntes ficou negativo, ou seja, o país gastou mais do que a renda, é preciso receber recursos do exterior para financiar esse déficit. De janeiro a junho, o investimento estrangeiro direto, que vai para o setor produtivo da economia, ficou em US$ 32,477 bilhões, contra US$ 12,096 bilhões de igual período de 2010. Em junho, foram registrados US$ 5,467 bilhões, ante US$ 766 milhões do mesmo mês de 2010. Somente o investimento estrangeiro direto foi mais do que suficiente para financiar o déficit em transações correntes.

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Brasília - O resultado das transações do Brasil com o exterior ficou negativo em US$ 25,448 bilhões no primeiro semestre de 2011, contra US$ 23,847 bilhões registrados em igual período do ano passado. Somente em junho, o déficit das transações correntes ficou em US$ 3,3 bilhões, contra US$ 5,273 bilhões registrados em igual mês de 2010. Os dados foram divulgados hoje (26) pelo Banco Central (BC).

A conta de transações correntes registra as compras e vendas de mercadorias e serviços. Nesse cálculo estão incluídas as exportações e importações de mercadorias que formam a balança comercial. No primeiro semestre, houve superávit comercial (as exportações foram maiores do que as importações) de US$ 12,967 bilhões, contra US$ 7,884 bilhões registrados em igual período de 2010.

Esse saldo positivo da balança comercial contribuiu para que o resultado das déficit das transações correntes não fosse mais elevado. Em junho, o superávit comercial chegou a US$ 4,428 bilhões, contra US$ 2,270 bilhões de igual mês do ano passado.

Por outro lado, a balança de serviços e rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros, viagens internacionais, aluguel de equipamentos, royalties e outros) contribui para elevar o resultado negativo das transações correntes. No primeiro semestre, a balança de serviços e rendas ficou negativa em US$ 39,937 bilhões, contra US$ 33,243 bilhões verificados de janeiro a junho de 2010. Somente em junho, houve déficit de US$ 7,838 bilhões, contra US$ 7,658 bilhões de igual período do ano passado.

Na conta de transações correntes também estão incluídas as transferências unilaterais correntes, que são doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens. No primeiro semestre, as transferências unilaterais correntes registram ingresso líquido (descontada a saída) de US$ 1,522 bilhão, contra US$ 1,512 bilhão de igual período de 2010. Em junho, houve ingresso líquido de US$ 110 milhões, contra US$ 115 milhões do mesmo mês de 2010.

Como o resultado das transações correntes ficou negativo, ou seja, o país gastou mais do que a renda, é preciso receber recursos do exterior para financiar esse déficit. De janeiro a junho, o investimento estrangeiro direto, que vai para o setor produtivo da economia, ficou em US$ 32,477 bilhões, contra US$ 12,096 bilhões de igual período de 2010. Em junho, foram registrados US$ 5,467 bilhões, ante US$ 766 milhões do mesmo mês de 2010. Somente o investimento estrangeiro direto foi mais do que suficiente para financiar o déficit em transações correntes.

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