Mundo

Conservadores gregos não conseguem formar governo

O líder conservador grego Antonis Samaras não consegue chegar a um acordo com seus rivais

A Grécia enfrenta a perspectiva de que não será possível formar uma maioria de governo estável (Garth Burger/Stock.xchng)

A Grécia enfrenta a perspectiva de que não será possível formar uma maioria de governo estável (Garth Burger/Stock.xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2012 às 08h49.

Atenas - Os esforços da Grécia para negociar uma coalizão de governo, após resultados eleitorais inconclusivos no final de semana, sofreram um revés nesta segunda-feira, depois de o líder conservador Antonis Samaras não ter conseguido chegar a um acordo com seus rivais, aumentando as chances da realização de novas eleições e as dúvidas sobre o futuro do país na zona do euro.

Após receber o sinal verde do presidente grego para iniciar as negociações, Samaras - líder do partido Nova Democracia - se reuniu nesta segunda-feira com os líderes dos partidos Pasok (socialista) e da Coalizão da Esquerda Radical, o Syriza, assim como do Esquerda Democrática.

Mas, tento em vista das rivalidades ideológicas, pessoais e históricas, a Grécia enfrenta a perspectiva de que não será possível formar uma maioria de governo estável, o que torna a realização de novas eleições uma possibilidade no prazo de algumas semanas. A data de 10 de junho é considerada para um novo pleito.

"Eu fiz tudo o que pude para que chegássemos a um resultado, mas isso foi impossível. Eu informei o presidente e entreguei o mandato para a formação de um novo governo", disse Samaras. Seu partido ficou em primeiro lugar nas eleições de domingo, mas não conseguiu maioria suficiente para formar um governo sozinho.

O resultado inconclusivo combinado com preocupações sobre a vitória do socialista François Hollande na eleição presidencial francesa, que se opõe às medidas de austeridade defendidas pela Alemanha para a zona do euro, aumentou os temores de que a Grécia deixará a zona do euro e sacudiu os mercados financeiros em todo o mundo.

O mandato para as negociações para a formação de uma coalizão agora passa para o segundo maior partido, o Syriza, antes de ir para o terceiro partido, o Pasok, caso um acordo não seja alcançado.

Se nenhum dos três conseguir formar um governo de coalizão, o presidente convocará os líderes de todos os partidos no Parlamento para mais uma tentativa de formação de uma coalizão. Se isso também falhar, o presidente dará aos partidos a tarefa de formar um governo interino, que será responsável por novas eleições. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Antonis SamarasCrise econômicaCrise gregaCrise políticaCrises em empresasEuropaGovernoGréciaPiigsPolíticos

Mais de Mundo

Milei insiste em flexibilizar Mercosul para permitir acordos comerciais com outros países

Trump escolhe Stephen Miran para chefiar seu conselho de assessores econômicos

Trump afirma que declarará cartéis de drogas como organizações terroristas

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país