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Conselho de Segurança não chega a um acordo sobre crise na Síria

Não houve consenso após uma jornada de intensas negociações. Conselho de Segurança marcou uma reunião para esta quarta-feira para aprovar um texto de condenação

ONU debaterá o conteúdo de uma eventual condenação à repressão do regime do presidente da Síria, Bashar al Assad (Getty Images)

ONU debaterá o conteúdo de uma eventual condenação à repressão do regime do presidente da Síria, Bashar al Assad (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2011 às 22h40.

Nações Unidas - O Conselho de Segurança das Nações Unidas não conseguiu chegar a uma posição comum sobre a situação na Síria e após uma jornada de intensas negociações marcaram uma reunião para esta quarta-feira para aprovar um texto de condenação.

Após debater durante horas o conteúdo de uma eventual condenação à repressão do regime do presidente da Síria, Bashar al Assad, os 15 membros do Conselho interromperam suas consultas e decidiram enviar a seus Governos o texto pendente, com algumas variações, para receber indicações.

"Infelizmente não chegamos a um acordo. Falaremos com nossas capitais para ver se amanhã é possível alcançar uma posição comum", assinalou na saída das reuniões o embaixador russo perante a ONU, Vitaly Churkin, um dos que se opôs que o Conselho adote uma resolução que condena a Síria.

Churkin assinalou que sua delegação, "apoiada por outras", considera que "nas negociações atuais não se alcançou o equilíbrio desejado", por isso que o texto de condenação "pode não desempenhar um papel construtivo na hora de evitar um maior agravamento da crise na Síria".

O diplomata russo reconheceu que um dos motivos da divergência é que o texto deve condenar também a violência exercida contra as forças de segurança sírias por parte dos manifestantes.

Além dessa referência às baixas das forças governamentais, nenhuma delegação quis detalhar o conteúdo exato de um texto que o Brasil e o Reino Unido apresentaram nesta terça-feira, e que reúne pontos do projeto de resolução apresentado há dois meses pelos países da União Europeia (UE) e as "novas ideias" brasileiras.

"Há algumas diferenças fundamentais de opiniões entre alguns membros e por isso vamos tratar o assunto com nossos diferentes Governos", reconheceram fontes diplomáticas ocidentais, que, no entanto manifestaram otimismo diante de "algumas convergências em alguns temas".

Além de continuar trabalhando no conteúdo do texto, os 15 membros também esperam chegar a um acordo na quarta-feira sobre o formato que essa condenação deverá ter, já que há divergências sobre se deveria ser uma resolução, como querem os europeus e os Estados Unidos, ou uma declaração presidencial, como apostam principalmente a Rússia e a China.

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