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Conselho de Segurança dá por encerrada observação na Síria

O embaixador russo, Vitaly Churkin, lamentou a decisão e acusou "alguns países" de não ter mostrado "suficiente compromisso" para conseguir o fim do conflito

Rebeldes sírios em Idleb: a missão passará às mãos do Departamento de Assuntos Políticos das Nações Unidas (Shaam News/AFP)
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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2012 às 15h57.

Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU deu por concluída nesta quinta-feira a missão dos observadores na Síria , cuja retirada será iniciada nos próximos dias apesar da oposição da Rússia, que convocou para sexta uma reunião do Grupo de Ação na sede central do organismo para pedir o fim da violência.

"Era uma decisão necessária, considerando a situação no país e a divisão existente no Conselho de Segurança", disse seu presidente rotativo, o embaixador francês Gérard Araud, depois que o órgão decidiu liquidar a missão e estender a presença da ONU na Síria mediante a criação de um escritório político.

O embaixador russo, Vitaly Churkin, lamentou a decisão, acusou "alguns países" de não ter mostrado "suficiente compromisso" para conseguir o fim do conflito e anunciou que propôs a realização na sexta-feira de uma reunião do Grupo de Ação para a Síria entre embaixadores na sede da ONU em Nova York.

"É preciso lançar uma chamada conjunta às partes do conflito para que cessem a violência e autorizem seus representantes a negociarem uma solução política", disse Churkin, que quis incluir nesse pedido internacional a Arábia Saudita e o Irã, como "agentes-chave" na região.

A reunião contará com a presença dos embaixadores dos membros do chamado Grupo de Ação que se reuniu em Genebra em junho e do qual participaram China, Rússia, Estados Unidos, França, Reino Unido, Turquia, a Liga Árabe, a ONU e a União Europeia.


Dessa reunião saiu um acordo para impulsionar a formação de um governo transitório que inclua figuras do regime e a oposição, que inicie a transição para pôr fim ao conflito. Entretanto, como o plano de paz de seis pontos, ficou esquecido diante do aumento dos enfrentamentos.

"Manteremos o mesmo formato que tivemos em Genebra, mas minha intenção é incluir em outros formatos de debate os embaixadores do Irã e Arábia Saudita", explicou Churkin, que disse que o propósito do encontro é que a comunidade internacional exerça pressão às duas partes, mediante a fixação de uma data concreta, quando devem deter a violência e começar a negociar.

O anúncio de Churkin aconteceu depois que o Conselho de Segurança concordou em dar por terminada a missão dos observadores no país árabe e respaldasse a ideia do secretário-geral, Ban Ki-moon, de criar um escritório político em Damasco, para seguir adiante com o trabalho mediador e canalizar a ajuda humanitária.

"A missão será concluída meia-noite de domingo", disse à imprensa o guatemalteco Edmond Mulet, subsecretário-geral de Operações de Paz da ONU, que garantiu que o último observador internacional deixará a Síria em 24 de agosto.

A missão passará às mãos do Departamento de Assuntos Políticos das Nações Unidas, encarregados de criar o escritório político proposto por Ban, que será composto de um "pequeno grupo" de trabalhadores da ONU, "provavelmente de 20 a 30 pessoas", que já conta com a aprovação do governo de Bashar al Assad.

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Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU deu por concluída nesta quinta-feira a missão dos observadores na Síria , cuja retirada será iniciada nos próximos dias apesar da oposição da Rússia, que convocou para sexta uma reunião do Grupo de Ação na sede central do organismo para pedir o fim da violência.

"Era uma decisão necessária, considerando a situação no país e a divisão existente no Conselho de Segurança", disse seu presidente rotativo, o embaixador francês Gérard Araud, depois que o órgão decidiu liquidar a missão e estender a presença da ONU na Síria mediante a criação de um escritório político.

O embaixador russo, Vitaly Churkin, lamentou a decisão, acusou "alguns países" de não ter mostrado "suficiente compromisso" para conseguir o fim do conflito e anunciou que propôs a realização na sexta-feira de uma reunião do Grupo de Ação para a Síria entre embaixadores na sede da ONU em Nova York.

"É preciso lançar uma chamada conjunta às partes do conflito para que cessem a violência e autorizem seus representantes a negociarem uma solução política", disse Churkin, que quis incluir nesse pedido internacional a Arábia Saudita e o Irã, como "agentes-chave" na região.

A reunião contará com a presença dos embaixadores dos membros do chamado Grupo de Ação que se reuniu em Genebra em junho e do qual participaram China, Rússia, Estados Unidos, França, Reino Unido, Turquia, a Liga Árabe, a ONU e a União Europeia.


Dessa reunião saiu um acordo para impulsionar a formação de um governo transitório que inclua figuras do regime e a oposição, que inicie a transição para pôr fim ao conflito. Entretanto, como o plano de paz de seis pontos, ficou esquecido diante do aumento dos enfrentamentos.

"Manteremos o mesmo formato que tivemos em Genebra, mas minha intenção é incluir em outros formatos de debate os embaixadores do Irã e Arábia Saudita", explicou Churkin, que disse que o propósito do encontro é que a comunidade internacional exerça pressão às duas partes, mediante a fixação de uma data concreta, quando devem deter a violência e começar a negociar.

O anúncio de Churkin aconteceu depois que o Conselho de Segurança concordou em dar por terminada a missão dos observadores no país árabe e respaldasse a ideia do secretário-geral, Ban Ki-moon, de criar um escritório político em Damasco, para seguir adiante com o trabalho mediador e canalizar a ajuda humanitária.

"A missão será concluída meia-noite de domingo", disse à imprensa o guatemalteco Edmond Mulet, subsecretário-geral de Operações de Paz da ONU, que garantiu que o último observador internacional deixará a Síria em 24 de agosto.

A missão passará às mãos do Departamento de Assuntos Políticos das Nações Unidas, encarregados de criar o escritório político proposto por Ban, que será composto de um "pequeno grupo" de trabalhadores da ONU, "provavelmente de 20 a 30 pessoas", que já conta com a aprovação do governo de Bashar al Assad.

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