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Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta sexta para debater a crise entre Venezuela e Guiana

Governo de Maduro organizou um referendo consultivo no qual mais de 95% dos participantes aprovaram a criação de uma província em Essequibo

Guiana e Venezuela disputam território com riquezas naturais ( chrispecoraro/Getty Images)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 7 de dezembro de 2023 às 14h55.

Última atualização em 7 de dezembro de 2023 às 14h56.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reunirá nesta sexta-feira, 7, a portas fechadas para abordar o conflito territorial entre Venezuela e Guiana , segundo a agenda oficial, a pedido do governo guianense.

Em carta à qual a AFP teve acesso, o chanceler Hugh Hilton Todd solicita ao Conselho de Segurança "uma reunião urgente" para abordar o conflito em Essequibo, uma região rica em petróleo sob administração guianense, mas reivindicada pela Venezuela.

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Na carta, o ministro guianense relata "as ações empreendidas" pela Venezuela "para anexar formalmente e incorporar ao território venezuelano a região de Guiana Essequiba, que constitui mais de dois terços do território soberano" do país.

No último domingo, a Venezuela organizou um referendo consultivo no qual mais de 95% dos participantes aprovaram a criação de uma província em Essequibo e dar a nacionalidade aos 125.000 habitantes da região, sob jurisdição da Guiana.

Na terça-feira, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou que a petroleira estatal PDVSA concederá licenças para a exploração de petróleo, gás e minerais nesta região de 160.000 km2 e criou uma nova zona militar a cerca de 100 km da fronteira.

A Venezuela alega que Essequibo faz parte de seu território, como em 1777, quando era colônia da Espanha, e faz um apelo ao acordo de Genebra. Este último foi assinado em 1966, antes da independência da Guiana do Reino Unido, lançando as bases para uma solução negociada e anulando um laudo de 1899 que definia os limites atuais.

As ações adotadas pela Venezuela "não farão mais do que agravar ainda mais a situação. Sua conduta constitui claramente uma ameaça direta para a paz e a segurança da Guiana, e mais amplamente ameaça à paz e à segurança de toda a região", conclui o chanceler em sua carta ao Conselho de Segurança.

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