Conselheiros de Obama se dividiram sobre ataque a Bin Laden
O presidente americano levou uma noite para optar pela operação com grupo Seal contra o líder da Al Qaeda
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2011 às 20h28.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez uma reunião crucial na semana passada na qual seus conselheiros debateram três opções para lidar com informações ultrassecretas sobre um complexo de luxo no Paquistão onde acreditavam que Osama bin Laden estava escondido.
Na reunião de duas horas na Sala de Situação da Casa Branca, a equipe discutiu os prós e contras da invasão de um pequeno grupo de forças de elite dos EUA ao complexo, de acordo com uma autoridade sênior que falou sob condição de anonimato.
As duas outras alternativas eram conduzir um ataque de maior proporção ou esperar por informações que pudessem esclarecer melhor se o líder da Al Qaeda estava de fato escondido no complexo fortificado nas cercanias de Islamabad, disse a fonte.
Os conselheiros de Obama se dividiram no encontro de quinta-feira, e o presidente levou uma noite para ponderar a decisão, declarou.
Na manhã de sexta-feira, pouco antes de sair para visitar o Alabama atingido por tornados, Obama revelou a um pequeno grupo de assessores ter decidido a favor de uma ação imediata, afirmou a autoridade.
"A resposta é sim", disse Obama a seus assessores, ordenando a operação que levou ao assassinato do mentor dos atentados de 11 de setembro de 2011 aos Estados Unidos.
As informações sobre o complexo de Abbotabad vieram à tona em agosto passado, mas somente em março as autoridades dos EUA se convenceram o suficiente da possível presença de bin Laden para começar a desenvolver uma lista de opções.
Analistas de inteligência dos Estados Unidos vinham monitorando o complexo, notando haver uma mansão de um milhão de dólares de propriedade de alguém sem fonte de renda aparente. Também parecia haver uma família vivendo ali, incluindo um homem que nunca saía do complexo, de acordo com a autoridade.
A família parecia se encaixar no perfil da família de bin Laden. Ainda assim, até o fim ninguém do governo Obama, incluindo o presidente, sabia ao certo.
As discussões sobre o que fazer ocorreram durante um período de semanas, em reuniões tão fechadas que nenhum fotógrafo esteve presente, e as sessões não receberam títulos, afirmou o funcionário.
Como a pessoa que se acreditava ser bin Laden parecia sempre permanecer no complexo, isso retirou algo da pressão de agir imediatamente sob essas suspeitas.
Mesmo assim, Obama e seus assessores temiam que adiar a ação demais aumentaria o risco de um vazamento sobre a vigilância e da fuga de seu alvo, disse o funcionário.
A escolha de Obama pela ordem na sexta-feira foi motivada em parte por essa preocupação. Também influiu o fato de que a equipe Seal havia conduzido uma série de ensaios da operação e seu comandante a considerava pronta para ir adiante.
Na tarde de domingo, Obama convocou uma reunião na Casa Branca na qual o clima era "tenso" e "de ansiedade", enquanto o grupo monitorava o desenrolar da operação ao vivo em um telão, afirmou a fonte.
Entre os presentes estavam a secretária de Estado, Hillary Clinton, o secretário de Defesa, Robert Gates, o Conselheiro de Segurança Nacional Sênior da Casa Branca, Tom Donilon, e o conselheiro para contra-terrorismo, John Brennan.
"Nós o pegamos, pessoal", disse Obama em reação à notícia da morte de bin Laden.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez uma reunião crucial na semana passada na qual seus conselheiros debateram três opções para lidar com informações ultrassecretas sobre um complexo de luxo no Paquistão onde acreditavam que Osama bin Laden estava escondido.
Na reunião de duas horas na Sala de Situação da Casa Branca, a equipe discutiu os prós e contras da invasão de um pequeno grupo de forças de elite dos EUA ao complexo, de acordo com uma autoridade sênior que falou sob condição de anonimato.
As duas outras alternativas eram conduzir um ataque de maior proporção ou esperar por informações que pudessem esclarecer melhor se o líder da Al Qaeda estava de fato escondido no complexo fortificado nas cercanias de Islamabad, disse a fonte.
Os conselheiros de Obama se dividiram no encontro de quinta-feira, e o presidente levou uma noite para ponderar a decisão, declarou.
Na manhã de sexta-feira, pouco antes de sair para visitar o Alabama atingido por tornados, Obama revelou a um pequeno grupo de assessores ter decidido a favor de uma ação imediata, afirmou a autoridade.
"A resposta é sim", disse Obama a seus assessores, ordenando a operação que levou ao assassinato do mentor dos atentados de 11 de setembro de 2011 aos Estados Unidos.
As informações sobre o complexo de Abbotabad vieram à tona em agosto passado, mas somente em março as autoridades dos EUA se convenceram o suficiente da possível presença de bin Laden para começar a desenvolver uma lista de opções.
Analistas de inteligência dos Estados Unidos vinham monitorando o complexo, notando haver uma mansão de um milhão de dólares de propriedade de alguém sem fonte de renda aparente. Também parecia haver uma família vivendo ali, incluindo um homem que nunca saía do complexo, de acordo com a autoridade.
A família parecia se encaixar no perfil da família de bin Laden. Ainda assim, até o fim ninguém do governo Obama, incluindo o presidente, sabia ao certo.
As discussões sobre o que fazer ocorreram durante um período de semanas, em reuniões tão fechadas que nenhum fotógrafo esteve presente, e as sessões não receberam títulos, afirmou o funcionário.
Como a pessoa que se acreditava ser bin Laden parecia sempre permanecer no complexo, isso retirou algo da pressão de agir imediatamente sob essas suspeitas.
Mesmo assim, Obama e seus assessores temiam que adiar a ação demais aumentaria o risco de um vazamento sobre a vigilância e da fuga de seu alvo, disse o funcionário.
A escolha de Obama pela ordem na sexta-feira foi motivada em parte por essa preocupação. Também influiu o fato de que a equipe Seal havia conduzido uma série de ensaios da operação e seu comandante a considerava pronta para ir adiante.
Na tarde de domingo, Obama convocou uma reunião na Casa Branca na qual o clima era "tenso" e "de ansiedade", enquanto o grupo monitorava o desenrolar da operação ao vivo em um telão, afirmou a fonte.
Entre os presentes estavam a secretária de Estado, Hillary Clinton, o secretário de Defesa, Robert Gates, o Conselheiro de Segurança Nacional Sênior da Casa Branca, Tom Donilon, e o conselheiro para contra-terrorismo, John Brennan.
"Nós o pegamos, pessoal", disse Obama em reação à notícia da morte de bin Laden.