Mundo

Conselheiro de Obama pede aumento do teto da dívida

"Seria a primeira moratória da história provocada pela insanidade", criticou Goolsbee, referindo-se aos conservadores

Caso não aprove aumento do teto da dívida, Estados Unidos poderá entrar em moratória (Scott Olson/AFP/Getty Images)

Caso não aprove aumento do teto da dívida, Estados Unidos poderá entrar em moratória (Scott Olson/AFP/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2011 às 16h25.

O principal conselheiro econômico da administração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou hoje que o resultado do fracasso em aumentar o teto de endividamento do governo poderá ser "uma crise econômica e financeira pior do que qualquer coisa que vimos em 2008". "O impacto sobre a economia seria catastrófico", disse Austan Goolsbee, que lidera o Conselho de Consultores Econômicos do governo.

"Se nós chegarmos ao ponto onde você prejudica a confiança e o crédito dos Estados Unidos, isso seria a primeira moratória na história provocada apenas pela insanidade", afirmou Goolsbee, referindo-se a políticos republicanos da ala ultraconservadora Tea Party, que se opõem a aumentar o teto do endividamento.

O atual limite de endividamento do governo federal dos EUA é de US$ 14,3 trilhões, uma marca que espera-se seja atingida em abril ou maio deste ano. Antes de atingir o limite, é necessário que o Congresso americano vote e aprove o aumento da capacidade de endividamento da nação. Do contrário, os EUA poderão ser forçados a entrar em moratória nas suas obrigações e o governo pode deixar de funcionar por falta de dinheiro.

Hoje, o deputado Allen West (Partido Republicano), um dos congressistas que assumem a nova legislatura no começo de janeiro, foi questionado se estava preparado para ver o governo fechar por falta de recursos, mas respondeu que não acredita que isso irá ocorrer. O parlamentar, apoiado pelo Tea Party, não acredita que os EUA entrarão em moratória, embora tenha dito que não irá "assinar um cheque em branco" à administração federal. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasDívida públicaEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia

Governo espanhol avisa que aplicará mandado de prisão se Netanyahu visitar o país