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Holanda quer estimular Rio de Janeiro a usar bicicletas

Prática aumentou nos últimos anos no Rio, com a criação de ciclovias para que a população possa se deslocar com mais segurança de casa para o trabalho

Na Holanda, existem cerca de 18 milhões de bicicletas para 16,5 milhões de habitantes (Getty images)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2011 às 20h30.

Rio de Janeiro – A tradição do uso da bicicleta na Holanda levou o consulado-geral do país a incentivar moradores da capital fluminense a adotar esse meio de transporte.

Esse hábito vem aumentando nos últimos anos no Rio, com a criação de ciclovias para que a população possa se deslocar com mais segurança de casa para o trabalho e também para o colégio.

Para incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte, o consulado-geral lançou hoje (18) a campanha Holanda, de Bike com o Rio. Mais de 2 mil ciclistas se reuniram no Aterro do Flamengo. Eles saíram do Monumento aos Pracinhas, em um trajeto até o fim da Praia de Botafogo, e retornaram ao local de partida, em um percurso de 11 quilômetros.

O número de participantes superou as expectativas da organização do evento. Para atrair mais ciclistas, o consulado emprestou mais de 100 bicicletas, para pessoas que fizeram a inscrição gratuita no site da representação diplomática. A comunidade holandesa usou camisetas na cor laranja, distribuídas pelos organizadores.

Na Holanda, existem cerca de 18 milhões de bicicletas para 16,5 milhões de habitantes. Há, ao todo, 17.701 ciclovias e 64. 336 vias totalizando 29 mil quilômetros à disposição dos ciclistas.

Para o cônsul-geral da Holanda no Rio de Janeiro, Paul Comenencia, que participou do evento, é possível que esse hábito da população do país europeu seja seguido pelos cariocas.

“O Rio de Janeiro tem condições ótimas. O Rio tem o cenário e uma infraestrutura que estão se desenvolvendo rapidamente para pedalar. Você vê um público do Rio que gosta de esportes”, disse.

Comenencia disse que a Holanda pode oferecer ao Rio o conhecimento na área de engenharia e tecnologia e “compartilhar com o Brasil essa cultura que já temos há muitas décadas, para o Rio também alcançar esse nível que já está num patamar bem alto”.


Para o autônomo Marcos Fonseca, 46 anos, que veio de São Gonçalo, na região metropolitana,“falta investimento no ciclismo e maior segurança para os ciclistas”. “Eu mesmo não trouxe a minha filha de 10 anos, por não saber como estaria o trânsito, a segurança e as condições para participação dos jovens. Eu quero no próximo ano trazer minha filha para que ela também participe comigo.”

A estudante Yasmin Marques Malaquias, de 11 anos, saiu de Jacarepaguá, no outro lado da cidade, para participar do passeio com o pai e o irmão pela primeira vez. “O Rio tem muito carro e isso destrói o planeta. Falta muito espaço para a gente andar por aí, porque só tem espaço para carro.”

Já o advogado Daniel Leonardo Ramos Martins, que participa pelo terceiro ano consecutivo, disse que o Rio vem fazendo muito pelo ciclismo e as prefeituras nos últimos anos vêm construindo mais ciclovias, mas são necessários alguns ajustes. “[É preciso] interligar a ciclovia do Parque do Flamengo ao metrô da Cinelândia, porque ainda não tem acesso, diferentemente do que já existe nas estações de Copacabana e Ipanema”, exemplificou.

Martins disse que já está preparado para ir ao trabalho de bicicleta na próxima quinta-feira (22), quando se comemora o Dia Mundial sem Carro. “Moro no Catete e vou até o centro. No prédio onde trabalho tem bicicletário. Existem todas as condições favoráveis para percorrer o caminho de bicicleta.”

O Dia Mundial sem Carro é um movimento que começou em algumas cidades da Europa nos últimos anos do século 20 e desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada ano mais adesões nos cinco continentes. Trata-se de uma reflexão sobre os problemas causados pelo uso de automóveis como meio de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis, entre os quais a bicicleta.

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Rio de Janeiro – A tradição do uso da bicicleta na Holanda levou o consulado-geral do país a incentivar moradores da capital fluminense a adotar esse meio de transporte.

Esse hábito vem aumentando nos últimos anos no Rio, com a criação de ciclovias para que a população possa se deslocar com mais segurança de casa para o trabalho e também para o colégio.

Para incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte, o consulado-geral lançou hoje (18) a campanha Holanda, de Bike com o Rio. Mais de 2 mil ciclistas se reuniram no Aterro do Flamengo. Eles saíram do Monumento aos Pracinhas, em um trajeto até o fim da Praia de Botafogo, e retornaram ao local de partida, em um percurso de 11 quilômetros.

O número de participantes superou as expectativas da organização do evento. Para atrair mais ciclistas, o consulado emprestou mais de 100 bicicletas, para pessoas que fizeram a inscrição gratuita no site da representação diplomática. A comunidade holandesa usou camisetas na cor laranja, distribuídas pelos organizadores.

Na Holanda, existem cerca de 18 milhões de bicicletas para 16,5 milhões de habitantes. Há, ao todo, 17.701 ciclovias e 64. 336 vias totalizando 29 mil quilômetros à disposição dos ciclistas.

Para o cônsul-geral da Holanda no Rio de Janeiro, Paul Comenencia, que participou do evento, é possível que esse hábito da população do país europeu seja seguido pelos cariocas.

“O Rio de Janeiro tem condições ótimas. O Rio tem o cenário e uma infraestrutura que estão se desenvolvendo rapidamente para pedalar. Você vê um público do Rio que gosta de esportes”, disse.

Comenencia disse que a Holanda pode oferecer ao Rio o conhecimento na área de engenharia e tecnologia e “compartilhar com o Brasil essa cultura que já temos há muitas décadas, para o Rio também alcançar esse nível que já está num patamar bem alto”.


Para o autônomo Marcos Fonseca, 46 anos, que veio de São Gonçalo, na região metropolitana,“falta investimento no ciclismo e maior segurança para os ciclistas”. “Eu mesmo não trouxe a minha filha de 10 anos, por não saber como estaria o trânsito, a segurança e as condições para participação dos jovens. Eu quero no próximo ano trazer minha filha para que ela também participe comigo.”

A estudante Yasmin Marques Malaquias, de 11 anos, saiu de Jacarepaguá, no outro lado da cidade, para participar do passeio com o pai e o irmão pela primeira vez. “O Rio tem muito carro e isso destrói o planeta. Falta muito espaço para a gente andar por aí, porque só tem espaço para carro.”

Já o advogado Daniel Leonardo Ramos Martins, que participa pelo terceiro ano consecutivo, disse que o Rio vem fazendo muito pelo ciclismo e as prefeituras nos últimos anos vêm construindo mais ciclovias, mas são necessários alguns ajustes. “[É preciso] interligar a ciclovia do Parque do Flamengo ao metrô da Cinelândia, porque ainda não tem acesso, diferentemente do que já existe nas estações de Copacabana e Ipanema”, exemplificou.

Martins disse que já está preparado para ir ao trabalho de bicicleta na próxima quinta-feira (22), quando se comemora o Dia Mundial sem Carro. “Moro no Catete e vou até o centro. No prédio onde trabalho tem bicicletário. Existem todas as condições favoráveis para percorrer o caminho de bicicleta.”

O Dia Mundial sem Carro é um movimento que começou em algumas cidades da Europa nos últimos anos do século 20 e desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada ano mais adesões nos cinco continentes. Trata-se de uma reflexão sobre os problemas causados pelo uso de automóveis como meio de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis, entre os quais a bicicleta.

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