Conheça o vilarejo alemão que permanece dividido
Anos após a queda do Muro de Berlim, Mödlareuth, localizado entre os estados da Turíngia e Baviera e a mais de 300 quilômetros da capital alemã, segue separado
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2014 às 12h37.
São Paulo – Neste domingo, dia 9, o mundo comemora a queda do Muro de Berlim , que por três décadas separou a Alemanha . Embora a sua destruição tenha acontecido há 25 anos, um pequeno vilarejo chamado Mödlareuth ainda é dividido por um muro que conta com arames farpados e até mesmo torres de vigilância, que estão desativadas.
História
Mödlareuth está localizado na fronteira entre os estados da Turíngia e Baviera, a mais de 300 quilômetros da capital alemã. Após a 2ª Guerra Mundial, a região ficou dividida em duas zonas: uma ocupada pelos soviéticos (na Turíngia) e outra pelas forças aliadas (na Baviera).
Com a construção do Muro de Berlim em 1966, não demorou até que o vilarejo contasse com sua própria divisão. Em Mödlareuth, o muro foi construído em 1969. A parte norte era controlada pela Alemanha Oriental e sul pela Alemanha Ocidental.
Em 1989 os alemães conheceram a unificação da atual capital alemã e, logo em seguida, de todo o país. Mas, para os cidadãos do vilarejo, apenas em 1990 é que alguns trechos do muro foram destruídos.
Hoje
Apesar de a separação política tenha sido eliminada, Mödlareuth segue culturalmente dividida. A parte do vilarejo na Turíngia pertence à cidade de Gefell e a parte bávara à Töppen. Cada uma delas tem seu próprio prefeito e código de área e ainda falam com sotaques distintamente diferentes.
Conhecido durante a Guerra Fria como “pequena Berlim”, o local tem apenas 50 habitantes e optou por manter a sua versão do Muro de Berlim em pé e transformou um trecho em uma espécie de memorial e museu, que é hoje alvo de polêmica entre os moradores locais.
De acordo com o The Wall Street Journal ( WSJ ), os cidadãos do vilarejo notam certa insensibilidade por parte dos turistas que visitam o museu e acreditam que eles subestimam os traumas que estas pessoas carregam por terem vivido tempos tão severos.
Segundo relatos ouvidos pela publicação, durante o tempo em que Mödlareuth era dividida, as pessoas do lado oriental eram proibidas até de acenar para quem estivesse do outro lado do vilarejo, em um trecho no qual o concreto foi substituído por cercas vazadas.
“Todos os anos, as câmeras vêm até nós e perguntam as mesmas coisas”, explicou uma moradora ao WSJ. “Chega uma hora em que não queremos mais falar sobre o assunto. Não são histórias prazerosas”, completou ela.
São Paulo – Neste domingo, dia 9, o mundo comemora a queda do Muro de Berlim , que por três décadas separou a Alemanha . Embora a sua destruição tenha acontecido há 25 anos, um pequeno vilarejo chamado Mödlareuth ainda é dividido por um muro que conta com arames farpados e até mesmo torres de vigilância, que estão desativadas.
História
Mödlareuth está localizado na fronteira entre os estados da Turíngia e Baviera, a mais de 300 quilômetros da capital alemã. Após a 2ª Guerra Mundial, a região ficou dividida em duas zonas: uma ocupada pelos soviéticos (na Turíngia) e outra pelas forças aliadas (na Baviera).
Com a construção do Muro de Berlim em 1966, não demorou até que o vilarejo contasse com sua própria divisão. Em Mödlareuth, o muro foi construído em 1969. A parte norte era controlada pela Alemanha Oriental e sul pela Alemanha Ocidental.
Em 1989 os alemães conheceram a unificação da atual capital alemã e, logo em seguida, de todo o país. Mas, para os cidadãos do vilarejo, apenas em 1990 é que alguns trechos do muro foram destruídos.
Hoje
Apesar de a separação política tenha sido eliminada, Mödlareuth segue culturalmente dividida. A parte do vilarejo na Turíngia pertence à cidade de Gefell e a parte bávara à Töppen. Cada uma delas tem seu próprio prefeito e código de área e ainda falam com sotaques distintamente diferentes.
Conhecido durante a Guerra Fria como “pequena Berlim”, o local tem apenas 50 habitantes e optou por manter a sua versão do Muro de Berlim em pé e transformou um trecho em uma espécie de memorial e museu, que é hoje alvo de polêmica entre os moradores locais.
De acordo com o The Wall Street Journal ( WSJ ), os cidadãos do vilarejo notam certa insensibilidade por parte dos turistas que visitam o museu e acreditam que eles subestimam os traumas que estas pessoas carregam por terem vivido tempos tão severos.
Segundo relatos ouvidos pela publicação, durante o tempo em que Mödlareuth era dividida, as pessoas do lado oriental eram proibidas até de acenar para quem estivesse do outro lado do vilarejo, em um trecho no qual o concreto foi substituído por cercas vazadas.
“Todos os anos, as câmeras vêm até nós e perguntam as mesmas coisas”, explicou uma moradora ao WSJ. “Chega uma hora em que não queremos mais falar sobre o assunto. Não são histórias prazerosas”, completou ela.