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Congresso dos EUA discutirá futuro do controle sobre a internet

O governo dos EUA está tentando arrecadar apoio, tanto nacionalmente quanto internacionalmente, para preservar uma internet descentralizada

Autoridades do governo dos Estados Unidos estão se preparando para uma reunião em Dubai em dezembro (Saul Loeb/AFP)

Autoridades do governo dos Estados Unidos estão se preparando para uma reunião em Dubai em dezembro (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2012 às 18h35.

São Paulo - Parlamentares norte-americanos debaterão na quinta-feira a possibilidade de conceder mais controle sobre a internet à Organização das Nações Unidas, um movimento que muitos temem poderia transformar a rede mundial numa ferramenta de barganha política para censura e impostos globais sobre empresas da Web.

Autoridades do governo dos Estados Unidos estão se preparando para uma reunião em Dubai em dezembro, onde delegações de 193 países discutirão se a ONU deveria ter mais poder de decisão sobre como a internet é organizada e controlada.

Críticos dizem que, sob esse regime, cada nação teria um voto, independentemente de seu tamanho, o que concederia à China, Rússia, Irã, Arábia Saudita e outros países maior capacidade de isolar suas populações e silenciar dissidentes políticos.

"O que defensores da liberdade na internet farão ou não farão entre hoje e a reunião determinará o futuro da Web, afetará o crescimento econômico mundial e determinará se a liberdade política poderá proliferar", disse o alto comissário da Federal Communications Commission (FCC) do Partido Republicano, Robert McDowell, em um discurso preparado para a sessão de quinta-feira.

Um subcomitê da Comissão de Energia e Comércio está organizando a sessão sobre o debate que ocorrerá na Conferência Mundial de Telecomunicações Internacionais (WCIT, na sigla em inglês), em dezembro.

O governo dos EUA está tentando arrecadar apoio, tanto nacionalmente quanto internacionalmente, para preservar uma internet descentralizada. Autoridades da administração de Obama se reuniram a portas fechadas há algumas semanas na Casa Branca com representantes de empresas norte-americanas como a ComCast e grupos de advocacia como a Internet Society, que é internacional e não visa a obter lucros, para construir solidariedade pela causa.

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