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Congresso americano pode votar para limitar ataque de Trump ao Irã

Republicanos e democratas enviaram uma rara mensagem de unidade em apoio a uma redução das ações contra o país do oriente

Congresso americano: Câmara dos Deputados deve votar na quinta-feira para impedir que Trump trave uma guerra (Win McNamee/Getty Images)

Congresso americano: Câmara dos Deputados deve votar na quinta-feira para impedir que Trump trave uma guerra (Win McNamee/Getty Images)

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AFP

Publicado em 8 de janeiro de 2020 às 20h13.

Republicanos e democratas enviaram uma rara mensagem de unidade no Congresso americano nesta quarta-feira (8), em apoio a uma redução das ações contra o Irã, após ataques com mísseis iranianos a bases que abrigam soldados americanos no Iraque.

À tarde, deputados da Câmara de Representantes e depois os senadores foram informados, a portas fechadas, da situação no terreno por altos funcionários do governo do presidente republicano Donald Trump.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, o chefe do Pentágono, Mark Esper, a diretora da CIA, Gina Haspel, e o chefe de Estado-maior, general Mark Milley, não deram declarações ao chegar ao Capitólio, sede do Congresso.

Após esta sessão informativa, a Câmara de Representantes, controlada pela oposição democrata, decidiu votar na quinta-feira para evitar que Trump empreenda a guerra com o Irã, informou a presidente da Casa, Nancy Pelosi.

Ela explicou que os democratas tomaram esta decisão porque suas inquietações não foram dissipadas após a reunião a portas fechadas.

Já Lindsey Graham, importante aliado de Trump no Senado, elogiou o "excelente" discurso do presidente esta manhã.

"Foi comedido, firme", disse a jornalistas. "Dirijo-me aos iranianos e ao regime: (Trump) lhes deu a oportunidade de terminar tudo isto pacificamente, lhes deu a oportunidade de alcançar a paz e a prosperidade, devem aproveitá-la", afirmou.

Mas também dirigiu-se à Casa Branca: "Não há necessidade de adotar represálias só por adotar represálias", declarou.

Uma das líderes republicanas na Câmara Alta, Liz Cheney, destacou a união dos integrantes da Câmara alta em apoio a Trump.

"Nosso grupo parlamentar está absolutamente unido por trás do presidente (...), por trás da importância, das consequências e dos méritos das ações realizadas pelo presidente para eliminar Qassem Soleimani do campo de batalha", acrescentou.

O poderoso general iraniano foi assassinado na sexta-feira em Bagdá em um ataque dos Estados Unidos, executado com drones.

"Todos queremos ver uma diminuição (do conflito), este é o nosso objetivo", disse o senador democrata Ben Cardin à AFP.

"Alegra-me que nenhum soldado americano tenha sido morto", declarou o senador Robert Menendez, dizendo que "conhecendo-o, o discurso do presidente não poderia ser mais favorável à redução da escalada do que foi".

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