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Congressista republicano é criticado por comentários racistas nos EUA

Tanto republicanos quanto democratas condenaram os comentários de Steve King, que reivindicavam a supremacia branca

EUA: alguns republicanos chegaram a pedir sua renúncia (Joshua Roberts//Reuters)

EUA: alguns republicanos chegaram a pedir sua renúncia (Joshua Roberts//Reuters)

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AFP

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 08h53.

Última atualização em 15 de janeiro de 2019 às 08h54.

Líderes republicanos na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos puniram duramente um deputado de suas fileiras na segunda-feira por comentários considerados racistas, e alguns até pediram sua renúncia.

Steve King, cujos recentes comentários reivindicando a supremacia branca provocaram indignação em ambos os lados do espectro político, será afastado de todos os comitês dos quais fazia parte, informou o gabinete de Kevin McCarthy, líder da minoria republicana na Câmara.

"Os comentários de Steve estão abaixo da dignidade do partido de Lincoln e dos Estados Unidos", afirmou McCarthy, referindo-se ao presidente Abraham Lincoln, que aboliu a escravidão em 1864.

Em uma entrevista publicada esta semana no New York Times, King, um defensor aberto do presidente Donald Trump, opositor da imigração ilegal e defensor da cultura branca, questionou por que os termos "nacionalista branco" ou "supremacia branca" eram ofensivos para os americanos.

O único republicano negro no Senado, Tim Scott, imediatamente lançou um feroz ataque a King e contra o "silêncio" nas fileiras republicanas quando esses comentários foram feitos.

O líder do Senado, o republicano Mitch McConnell, disse que King era "indigno de seu cargo eleito", enquanto o senador Mitt Romney pediu ao congressista que renuncie e deixe o partido.

Enquanto isso, o presidente Donald Trump respondeu aos repórteres que perguntaram sobre sua reação às declarações de King:

"Eu realmente não acompanhei o assunto".

King denunciou as reações de seus colegas como um "ataque sem precedentes a minha liberdade de expressão".

No passado, ele empregava um vocabulário racista, geralmente sem consequências.

Em 2018, declarou que "não podemos restaurar nossa civilização com os bebês de outras pessoas".

Em novembro, foi reeleito para um nono mandato.

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