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Confrontos no Cairo terminam com 118 presos

Choques entre policiais e manifestantes tomaram o centro da capital do Egito nos dois últimos dias


	Manifestantes atiram pedras na tropa de choque durante um protesto que marca um ano de embates fatais na rua Mohamed Mahmoud, próximo ao Ministério do Interior no Cairo
 (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

Manifestantes atiram pedras na tropa de choque durante um protesto que marca um ano de embates fatais na rua Mohamed Mahmoud, próximo ao Ministério do Interior no Cairo (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2012 às 10h01.

Cairo - Pelo menos 118 pessoas foram detidas por supostamente ter atacado as forças de segurança durante os choques dos últimos dois dias entre policiais e manifestantes no centro do Cairo, informou nesta quarta-feira a agência oficial "Mena".

Uma fonte do Ministério do Interior explicou à agência que os civis foram presos nas últimas horas no centro da capital e também são acusados de ter atacado órgãos públicos importantes.

Nos próximos dias, prevê-se que a Procuradoria Geral interrogue os detidos sobre os motivos e os líderes que podem tê-los levado a cometer esses atos, acrescentou a fonte.

Os enfrentamentos continuaram hoje de maneira esporádica em duas ruas próximas à praça Tahrir, onde ficam as sedes das duas câmaras do Parlamento, disse à Agência Efe uma fonte de segurança.

Segundo a fonte, mais de 150 feridos precisaram ser internados, além de muitos outros feridos que se negaram a ser atendidos nos hospitais por medo de serem presos.

Ontem, um jovem morreu durante os confrontos ao levar um tiro na cabeça, segundo fontes policiais.

Nos enfrentamentos, os manifestantes lançaram pedras e coquetéis molotov contra as forças de segurança, que fizeram barreiras para proteger os edifícios institucionais.

Os choques começaram na segunda-feira passada, após uma manifestação convocada para comemorar o primeiro aniversário dos conhecidos como os "eventos de Mohammed Mahmoud", rua que leva ao Ministério do Interior e onde morreram cerca de 40 pessoas em conflitos entre policiais e manifestantes. 

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