Mundo

Conflito afegão causou distúrbios no Reino Unido, dizem talibãs

Segundo comunicado do grupo, "as políticas e os desejos imperialistas e beligerantes" de EUA e Reino Unido também são a causa da crise financeira internacional

Policiais e manifestantes se enfrentam próximos a um carro em Londres: culpa dos distúrbios é a atuação britânica do Afeganistão, diz o Talibã (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Policiais e manifestantes se enfrentam próximos a um carro em Londres: culpa dos distúrbios é a atuação britânica do Afeganistão, diz o Talibã (Peter Macdiarmid/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 14h59.

Cabul- Os talibãs apontaram nesta segunda-feira o alto custo da guerra no Afeganistão como causa para a crise da dívida nos Estados Unidos e para os recentes distúrbios no Reino Unido, segundo um comunicado publicado em seu site.

"Sem dúvida, a causa fundamental e principal da crise financeira, das penúrias e dos distúrbios os quais os Estados Unidos e Reino Unido enfrentam atualmente são as políticas e os desejos imperialistas e beligerantes desses países", asseguraram os talibãs.

Estes dois países "gastam os impostos de seus povos em uma guerra injustificada e deram as costas aos problemas de seus cidadãos", continuou o comunicado do Emirado Islâmico do Afeganistão, nome do Estado afegão em tempos dos talibãs (1996-2001).

Washington e Londres são os dois principais contribuintes das Forças da Otan no Afeganistão (Isaf), com 100.000 e 9.000 soldados, respectivamente, para um total de 130.000 soldados estrangeiros no país asiático.

Os Estados Unidos gastam aproximadamente 10 bilhões de dólares mensais no conflito afegão, iniciado há uma década.

Para os talibãs, "a única forma de o povo americano sair da tempestade da crise financeira é (...) colocar fim à guerra no Afeganistão e retirar suas tropas o quanto antes" e aconselham os ocidentais a pedir responsabilidade a seus líderes.

A humilhante retirada soviética do Afeganistão, após uma década de guerra sangrenta, constribuiu para a queda da URSS.

Acompanhe tudo sobre:AfeganistãoÁsiaCrise econômicaEuropaPaíses ricosReino UnidoTerrorismo

Mais de Mundo

Como Trump vem ganhando apoio de parte do Vale do Silício

Na China, Visa e MasterCard reduzem taxas de vendedores por pagamentos com cartões internacionais

Macron aceitará renúncia do primeiro-ministro, mas governo seguirá de forma interina

Parlamento Europeu reelege conservadora Roberta Metsola para mandato de dois anos e meio

Mais na Exame