Conferência sobre clima reabre divergência entre países
Velho racha entre ricos e pobres reabriu voltou a dominar as negociações sobre o clima
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2013 às 15h51.
Varsóvia - O velho racha entre ricos e pobres reabriu voltou a dominar as negociações sobre o clima na ONU com os países em desenvolvimento em busca de caminhos para fazer os países desenvolvidos a aceitarem a responsabilidade pelo aquecimento global e pagarem por isso.
Nesta quarta-feira houve comoção após o presidente da conferência e também ministro do meio ambiente da Polônia ter sido demitido do cargo pelo governo e os negociadores dos países em desenvolvimento terem dito que não participaram de uma reunião no final da noite de terça-feira para discutir a compensação pelos impactos no clima.
"Não estamos vendo um compromisso claro dos países desenvolvidos para atingir um acordo", afirmou a chefe da delegação da Bolívia, Rene Orellana.
O enviado dos EUA, Todd Stern, minimizou a consternação e disse que os negociadores americanos que compareceram à reunião estavam surpresos com a notícia do abandono das negociações. "Todos saíram juntos no final da reunião", afirmou Stern.
Visões diferentes sobre o que foi dito ou feito em discussões fechadas não são incomuns nos lentos movimentos da ONU para conter o aquecimento global, o que frequentemente ocorre devido à desconfiança existente entre os países ricos e pobres.
A resposta sobre quem é o culpado pelo aquecimento global é central para os países em desenvolvimento. Eles querem receber suporte financeiros dos países ricos para conter o aquecimento global, se adaptarem às mudanças no clima e cobrir os custos de danos inevitáveis causados pelo aumento das temperaturas.
Além disso, esses países argumentam que as nações ricas, falando historicamente, liberaram grandes quantidades de CO2 e outros gases nocivos, o que significa que eles precisam liderar a atual redução na emissão de gases.
Em Varsóvia, o Brasil propôs inclusive o desenvolvimento de uma forma para calcular a responsabilidade histórica, para guiar as negociações de um novo acordo global sobre o clima em 2015. Eles precisam saber o quanto são responsáveis de fato na mudança do clima", afirmou o negociador brasileiro, Raphael Azevedo.
Os países desenvolvidos bloquearam essa proposta dizendo que é preciso também levar em consideração as emissões atuais e futuras quando a responsabilidade for dividida.
A China ultrapassou os EUA como o maior poluidor global na década passada, e os países em desenvolvimento como um todo emitem atualmente mais CO2 do que o mundo desenvolvido. O foco apenas nas emissões passadas "nos parece muito parcial e não muito exato", afirmou o enviado dos EUA, no começo desta semana.
A proposta é que o acordo de 2015 estabeleça quais as ações climáticas os países terão de tomar após 2020. A Conferência de Varsóvia deve criar bases para que o acordo, mas o que não ficou claro nesta quarta feira é se os países serão capazes de entrar em acordo sobre pontos básicos, incluindo o momento em que os compromissos devem ser apresentados.
O governo da Polônia, criticado por estar recebendo ao mesmo tempo uma reunião sobre carvão, piorou a situação nesta quarta-feira ao demitir o ministro do Meio Ambiente Marcin Korolec, que estava presidindo a conferência do clima. Koroloc afirmou que a decisão não afetaria seus deveres como presidente da conferência. Fonte: Associated Press.
Varsóvia - O velho racha entre ricos e pobres reabriu voltou a dominar as negociações sobre o clima na ONU com os países em desenvolvimento em busca de caminhos para fazer os países desenvolvidos a aceitarem a responsabilidade pelo aquecimento global e pagarem por isso.
Nesta quarta-feira houve comoção após o presidente da conferência e também ministro do meio ambiente da Polônia ter sido demitido do cargo pelo governo e os negociadores dos países em desenvolvimento terem dito que não participaram de uma reunião no final da noite de terça-feira para discutir a compensação pelos impactos no clima.
"Não estamos vendo um compromisso claro dos países desenvolvidos para atingir um acordo", afirmou a chefe da delegação da Bolívia, Rene Orellana.
O enviado dos EUA, Todd Stern, minimizou a consternação e disse que os negociadores americanos que compareceram à reunião estavam surpresos com a notícia do abandono das negociações. "Todos saíram juntos no final da reunião", afirmou Stern.
Visões diferentes sobre o que foi dito ou feito em discussões fechadas não são incomuns nos lentos movimentos da ONU para conter o aquecimento global, o que frequentemente ocorre devido à desconfiança existente entre os países ricos e pobres.
A resposta sobre quem é o culpado pelo aquecimento global é central para os países em desenvolvimento. Eles querem receber suporte financeiros dos países ricos para conter o aquecimento global, se adaptarem às mudanças no clima e cobrir os custos de danos inevitáveis causados pelo aumento das temperaturas.
Além disso, esses países argumentam que as nações ricas, falando historicamente, liberaram grandes quantidades de CO2 e outros gases nocivos, o que significa que eles precisam liderar a atual redução na emissão de gases.
Em Varsóvia, o Brasil propôs inclusive o desenvolvimento de uma forma para calcular a responsabilidade histórica, para guiar as negociações de um novo acordo global sobre o clima em 2015. Eles precisam saber o quanto são responsáveis de fato na mudança do clima", afirmou o negociador brasileiro, Raphael Azevedo.
Os países desenvolvidos bloquearam essa proposta dizendo que é preciso também levar em consideração as emissões atuais e futuras quando a responsabilidade for dividida.
A China ultrapassou os EUA como o maior poluidor global na década passada, e os países em desenvolvimento como um todo emitem atualmente mais CO2 do que o mundo desenvolvido. O foco apenas nas emissões passadas "nos parece muito parcial e não muito exato", afirmou o enviado dos EUA, no começo desta semana.
A proposta é que o acordo de 2015 estabeleça quais as ações climáticas os países terão de tomar após 2020. A Conferência de Varsóvia deve criar bases para que o acordo, mas o que não ficou claro nesta quarta feira é se os países serão capazes de entrar em acordo sobre pontos básicos, incluindo o momento em que os compromissos devem ser apresentados.
O governo da Polônia, criticado por estar recebendo ao mesmo tempo uma reunião sobre carvão, piorou a situação nesta quarta-feira ao demitir o ministro do Meio Ambiente Marcin Korolec, que estava presidindo a conferência do clima. Koroloc afirmou que a decisão não afetaria seus deveres como presidente da conferência. Fonte: Associated Press.