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ConAgra vende divisão de commodities por US$ 2,13 bilhões

Gigante de alimentos nos Estados Unidos deixa o segmento de matérias-primas em momento de forte alta no mercado

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

A ConAgra, uma das maiores empresas de alimentos dos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira (27/3) que vendeu ao fundo Ospraie Management sua divisão de commodities agrícolas e de energia por 2,13 bilhões de dólares. Com a venda, a companhia deve elevar em 60% seus resultados do trimestre, segundo informa The Wall Street Journal (WSJ).

A operação acontece no momento em que as commodities apresentam forte elevação de preços em todo o mundo, devido principalmente ao baixo nível dos estoques e ao aumento da demanda. "Decidimos dar maior ênfase nas plataformas de produtos, que são nosso core business. Acreditamos que o momento é ideal para deixarmos o segmento de commodities", diz o presidente da ConAgra, Gary Rodkin.

A crise do crédito que ameaça levar os Estados Unidos a uma forte recessão não atingiu o setor de commodities e, na avaliação dos analistas, os preços em 2008 devem manter trajetória de alta. Isso porque, segundo levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, os estoques devem continuar caindo. Além disso, as commodities agrícolas têm sido vistas por alguns gestores como instrumento de proteção de suas carteiras - o que também impulsiona os preços no mercado.

Com a mudança, a ConAgra espera reduzir e tornar mais previsível sua necessidade de capital de giro, além de melhorar seu fluxo de caixa. Em fevereiro, a companhia informou que registrou aumento de 21% nas receitas do último trimestre, que somaram 3,53 bilhões de dólares.

A unidade de commodities representava para a ConAgra uma proteção contra as variações dos preços dos alimentos e de energia. Era uma divisão altamente lucrativa, gerando ganhos 38% maiores que a unidade de comidas. O maior risco da companhia, no entanto, não está no custo de suas matérias-primas, mas na competição com as marcas de baixo custo, de acordo com o WSJ.

Para os executivos da ConAgra, porém, ainda não há motivos para preocupação. A companhia espera elevar seus resultados neste ano de 8% a 10% e promover um crescimento de 4% em suas vendas.

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