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Comportamento da Rússia com a Ucrânia é fraqueza, diz Obama

Barack Obama disse que o comportamento da Rússia com a Ucrânia e em relação à anexação da Crimeia é mais uma prova de fraqueza do que influência

O presidente Barack Obama: "quando se tem autoridades com seus vizinhos, não é preciso invadi-los" (Saul Loeb/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 14h39.

Haia -O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , afirmou nesta terça-feira que o comportamento da Rússia com a Ucrânia e em relação à anexação da Crimeia é mais uma prova de fraqueza do que de influência internacional.

"A Rússia é um poder regional que ameaça seus vizinhos. Não é um inimigo dos Estados Unidos. Quando se tem autoridades com seus vizinhos, não é preciso invadi-los", disse Obama em uma coletiva de imprensa após o fim da 3ª Cúpula sobre Segurança Nuclear, realizada em Haia (Holanda).

"Essa invasão significa menos força, não mais", disse Obama, para quem os "Estados Unidos são a nação mais poderosa do mundo".

Segundo o presidente, "as ações da Rússia não são um problema, não significam a ameaça número um para a segurança nacional dos Estados Unidos. Estou muito mais preocupado em relação a nossa segurança pela perspectiva de uma arma nuclear explodindo em Manhattan".

Sobre as motivações que teriam levado o presidente da Rússia, Vladimir Putin, à atual situação, Obama afirmou que "há especulações, mas que se interessa mais pelos "fatos e princípios".

O presidente considerou que a "Rússia estava muito interessado em controlar o que se passa na Ucrânia, o que não é novo".

"Putin fez uma escolha ruim, mas ele é o presidente da Rússia e toma suas decisões. Se a Rússia avançar, haverá mais sanções em áreas como finanças, comércio e energia", disse Obama.

O presidente afirmou ainda que os EUA e a comunidade internacional preferem resolver o problema por meios pacíficos.


Obama ressaltou que os países do G7 (EUA, França, Reino Unido, Itália, Alemanha, Canadá e Japão) e a União Europeia (UE) atuaram de maneira conjunta frente às ações da Rússia.

"Os fatos no terreno são que o exército russo controla a Crimeia. Há um número de indivíduos dentro da Crimeia que apoiam esse processo. Não há expectativa de que sejam desalojados pela força" declarou, defendendo o uso de "argumentos diplomáticos e legais, a pressão política e as sanções econômicas já em vigor para garantir que esse processo tenha um custo".

Na sua opinião, a evolução da situação "depende de que a comunidade internacional esteja unida".

Em relação à presença de tropas russas na fronteira com a Ucrânia, assinalou que "por enquanto estão em território russo" e que apesar de criticar o que parece ser uma intimidação, legalmente elas têm o direito de permanecerem ali.

"Acho que tudo isto é calculado, mas não é a maneira de resolver disputas no século 21, disse Obama.

Além disso, para o presidente é preciso "descartar a opinião de que os russos estavam ameaçados na Crimeia".

"Não há evidências de que os rusófonos tenham sido ameaçados" na região autônoma da Ucrânia, sustentou.

Obama também procurou afastar qualquer semelhança entre a situação da ex-província sérvia de Kosovo e sua autoproclamação de independência em 2008 com a incorporação da Crimeia pela Rússia, após um referendo considerado ilegal pela comunidade internacional.

*Atualizada às 14h39 do dia 25/03/2014

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Haia -O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , afirmou nesta terça-feira que o comportamento da Rússia com a Ucrânia e em relação à anexação da Crimeia é mais uma prova de fraqueza do que de influência internacional.

"A Rússia é um poder regional que ameaça seus vizinhos. Não é um inimigo dos Estados Unidos. Quando se tem autoridades com seus vizinhos, não é preciso invadi-los", disse Obama em uma coletiva de imprensa após o fim da 3ª Cúpula sobre Segurança Nuclear, realizada em Haia (Holanda).

"Essa invasão significa menos força, não mais", disse Obama, para quem os "Estados Unidos são a nação mais poderosa do mundo".

Segundo o presidente, "as ações da Rússia não são um problema, não significam a ameaça número um para a segurança nacional dos Estados Unidos. Estou muito mais preocupado em relação a nossa segurança pela perspectiva de uma arma nuclear explodindo em Manhattan".

Sobre as motivações que teriam levado o presidente da Rússia, Vladimir Putin, à atual situação, Obama afirmou que "há especulações, mas que se interessa mais pelos "fatos e princípios".

O presidente considerou que a "Rússia estava muito interessado em controlar o que se passa na Ucrânia, o que não é novo".

"Putin fez uma escolha ruim, mas ele é o presidente da Rússia e toma suas decisões. Se a Rússia avançar, haverá mais sanções em áreas como finanças, comércio e energia", disse Obama.

O presidente afirmou ainda que os EUA e a comunidade internacional preferem resolver o problema por meios pacíficos.


Obama ressaltou que os países do G7 (EUA, França, Reino Unido, Itália, Alemanha, Canadá e Japão) e a União Europeia (UE) atuaram de maneira conjunta frente às ações da Rússia.

"Os fatos no terreno são que o exército russo controla a Crimeia. Há um número de indivíduos dentro da Crimeia que apoiam esse processo. Não há expectativa de que sejam desalojados pela força" declarou, defendendo o uso de "argumentos diplomáticos e legais, a pressão política e as sanções econômicas já em vigor para garantir que esse processo tenha um custo".

Na sua opinião, a evolução da situação "depende de que a comunidade internacional esteja unida".

Em relação à presença de tropas russas na fronteira com a Ucrânia, assinalou que "por enquanto estão em território russo" e que apesar de criticar o que parece ser uma intimidação, legalmente elas têm o direito de permanecerem ali.

"Acho que tudo isto é calculado, mas não é a maneira de resolver disputas no século 21, disse Obama.

Além disso, para o presidente é preciso "descartar a opinião de que os russos estavam ameaçados na Crimeia".

"Não há evidências de que os rusófonos tenham sido ameaçados" na região autônoma da Ucrânia, sustentou.

Obama também procurou afastar qualquer semelhança entre a situação da ex-província sérvia de Kosovo e sua autoproclamação de independência em 2008 com a incorporação da Crimeia pela Rússia, após um referendo considerado ilegal pela comunidade internacional.

*Atualizada às 14h39 do dia 25/03/2014

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