Órgãos do Reino Unido e dos Estados Unidos estão investigando uma suposta de formação de cartel por companhias aéreas. As empresas são suspeitas de fixar o valor das tarifas de passageiros e da sobretaxa de combustíveis (incluída no valor da passagem) em vôos de longa distância com origem ou destino no Reino Unido.

Em um breve comunicado nesta quinta-feira, a British Airways (BA) afirmou estar colaborando com as investigações do Office of Fair Trading (organismo que supervisiona a lealdade nas transações comerciais na Grã-Bretanha) e do Departamento de Justiça Americano. Outras três companhias - Virgin Atlantic, American Airlines e United Airlines - também disseram estar cooperando com o trabalho.

O diretor comercial da BA, Martin George, e o diretor de comunicações, Iain Burns, receberam licença durante a investigação. "Sabemos da investigação e estamos colaborando com o trabalho", disse o diretor de comunicações da Virgin, Paul Charles, sem confirmar, no entanto, se a empresa é uma das investigadas.

A American Airlines afirmou em um comunicado que "recebeu uma intimação relacionada a uma investigação do governo sobre suposta formação de preços na indústria de aviação comercial. A companhia foi informada de que não é alvo da investigação." A United Airlines disse que também foi intimada e está cooperando com as autoridades. Um porta-voz da empresa não quis comentar se a United Airlines estava ou não entre as empresas investigadas.

Diversas outras companhias afirmaram não estarem entre as suspeitas. Entre elas, KLM, Ryanair, Continental, Lufthansa, SAS e outras. Na Bolsa de Valores de Londres, as ações da BA caíram 4,9%.

Segundo o organismo britânico que participa da investigação, o trabalho "está em um estágio inicial, no qual não é possível ainda fazer suposições sobre se houve ou não quebra da lei de competição". Caso uma empresa seja considerada culpada de formação de cartel, está sujeita a multa de 10% sobre suas vendas mundiais.