O voo J2-8243, que fazia a rota Baku-Grozny, caiu no dia 25 de dezembro perto de Aktau (Cazaquistão), matando 39 pessoas - a maioria azerbaijanos, mas também russos e cazaques (Issa Tazhenbayev/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 12h09.
Última atualização em 30 de dezembro de 2024 às 13h02.
A principal companhia aérea de Israel, El Al, anunciou nesta segunda-feira, 30, que suspendeu todos os seus voos para Moscou até o final de março, depois que as defesas aéreas russas derrubaram por engano um avião da Embraer operado pela AZAL, companhia aérea do Azerbaijão, sobre o Cazaquistão na semana passada, quando 39 de seus 67 ocupantes morreram.
"Após uma avaliação completa da situação, a El Al suspende todas as operações na rota Tel Aviv-Moscou até o final do calendário de inverno", disse a empresa em um comunicado.
Após a queda do avião no dia 25 de dezembro, a El Al anunciou que suspenderia a rota por uma semana "devido aos eventos no espaço aéreo russo", uma medida que agora foi estendida até pelo menos o final do inverno no Hemisfério Norte.
"A decisão foi tomada após um diálogo contínuo com as autoridades do país para entender a situação", declarou a companhia aérea israelense nesta segunda-feira.
Após dias de hesitação, o próprio presidente russo, Vladimir Putin, assumiu de forma velada a responsabilidade de seu país ao se desculpar pela queda do avião perto de Aktau (Cazaquistão), enquanto suas defesas aéreas interceptavam drones ucranianos.
O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, exigiu ontem que a Rússia peça desculpas, assuma a culpa, puna os responsáveis e indenize o estado do Azerbaijão e as vítimas.
O voo J2-8243, que fazia a rota Baku-Grozny, caiu no dia 25 de dezembro perto de Aktau (Cazaquistão), matando 39 pessoas — a maioria azerbaijanos, mas também russos e cazaques — e deixando 28 sobreviventes.A companhia aérea do Azerbaijão disse que o avião sofreu "interferência física e técnica externa"; enquanto a autoridade aeronáutica russa reconheceu que drones ucranianos realizaram um ataque a duas cidades na Chechênia, entre elas Grozny, e implementou um "plano de contingência" na área que coincidiu com o voo do avião que caiu.