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Como Venezuela, Nicarágua superará crise imposta pelos EUA, diz Maduro

Presidente venezuelano também expressou seu "apoio incondicional" ao presidente da Nicarágua Daniel Ortega e sua esposa Rosario Murillo

Nicolás Maduro: "Agora estão aplicando à Nicarágua o método que aplicaram a nós em 2014: os protestos violentos (...), a agressão nas ruas de grupos pagos pela embaixada dos Estados Unidos" (Marco Bello/Reuters)

Nicolás Maduro: "Agora estão aplicando à Nicarágua o método que aplicaram a nós em 2014: os protestos violentos (...), a agressão nas ruas de grupos pagos pela embaixada dos Estados Unidos" (Marco Bello/Reuters)

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AFP

Publicado em 17 de julho de 2018 às 19h38.

Última atualização em 17 de julho de 2018 às 19h51.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira (17) em Havana que a Nicarágua superará a crise política que está sendo imposta pelos Estados Unidos, assim como a que foi "contornada" por seu país.

"Agora estão aplicando à Nicarágua o método que aplicaram a nós em 2014: os protestos violentos (...), a agressão nas ruas de grupos pagos pela embaixada dos Estados Unidos", e que em "10 meses conseguimos contornar", disse Maduro na sessão de encerramento do 24º Fórum de São Paulo.

"Derrotamos os protestos violentos convocando o poder do povo, o poder constituinte", continuou.

"Todo o nosso apoio incondicional ao presidente Daniel Ortega, à companheira Rosario Murillo, à Frente Sandinista de Libertação Nacional e ao povo da Nicarágua que vencerá a violência, vencerá o terrorismo e a paz triunfará", apontou.

Na plenária desta terça também participaram o presidente da Bolívia, Evo Morales, e o governante de Cuba, Miguel Díaz-Canel, que expressaram a sua solidariedade com a Nicarágua, assim como com o ex-presidente Lula, que está na prisão cumprindo uma condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Pelo Twitter, Maduro também menosprezou o presidente eleito da Colômbia, Iván Duque, e assegurou que o seu mentor político, o ex-presidente Álvaro Uribe, é que governará o país.

O presidente venezuelano declarou que quando a esquerda foi maioria na América Latina e no Caribe jamais perseguiram a direita. Inclusive, disse, fundaram a União de Nações Sul-americanas (Unasul) com o então governante da Colômbia, o direitista Álvaro Uribe.

"A ata de nascimento da Unasul foi assinada a próprio punho por Álvaro Uribe Vélez, atual presidente da Colômbia. Ele irá presidir a Colômbia agora, não? Irá presidir pelo Twitter", continuou Maduro.

Recentemente, o presidente eleito da Colômbia realizou uma visita a Washington, onde se reuniu com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, com quem acordou continuar pressionando o governo maduro por via diplomática.

"O senhor presidente eleito, comandado pelo Twitter de Álvaro Uribe Vélez. Ou quem vai governar, o Twitter de Álvaro Uribe Vélez, verdade? Veremos, pois", disse o governante venezuelano.

À margem do encontro, Maduro e Morales se reuniram durante uma hora e meia "para consolidar os laços de amizade e cooperação" bilaterais, segundo anunciou o presidente boliviano no Twitter.

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