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Como o mundo islâmico quer que as mulheres se vistam?

Levantamento constatou que somente no Líbano uma mulher sem véu é bem vista; apenas 38% acha que ela pode escolher como se vestir

Manequins com véus: maioria dos entrevistados em países islâmicos disse que uma mulher não pode escolher como se vestir (SAEED KHAN/AFP/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 19h15.

São Paulo – Qual roupa é mais adequada para uma mulher em um país islâmico ? E elas têm o direito de escolher o que vestir?

Essas perguntas foram feitas recentemente por pesquisadores da Universidade de Michigan em sete países árabes. O resultado foi divulgado pelo instituto Pew Research.

Em média, 62% dos entrevistados acham que uma mulher não pode escolher o que vestir. No Egito é onde mais se pensa assim: 86%.

A Tunísia é o país mais liberal nesse sentido, onde 56% defende o direito de escolha da mulher.

O que é mais adequado?

Na pergunta “Que estilo de roupa é apropriado para mulheres em público?”, os entrevistados receberam um cartão com seis imagens (o infográfico, do Pew Research, você vê abaixo) de estilos diferentes.

Eles deveriam apontar o que achavam o mais adequado. Não havia legendas nas fotos, indicando como se chamava cada tipo de roupa.

(Pew Research)

Em 5 dos 7 países, a maioria preferiu o hijab (mulheres 3 e 4), o véu que cobre cabelo e orelhas, mas deixa todo o rosto à mostra.

A Arábia Saudita é o país mais conservador, onde 63% preferem a niqab (mulher 2), que cobre todo o rosto, deixando apenas os olhos de fora.

Lá, é alta também a preferência pela burqa (mulher 1), que tampa completamente o rosto e cabeça da mulher. Elas enxergam por uma espécie de rede.

Já no Líbano , quase metade acha adequado uma mulher andar sem véu, com o cabelo solto (mulher 6). Essa porcentagem é alta, também, na Turquia .

Leis

O Alcorão, o livro sagrado do islamismo, não fala objetivamente sobre como as mulheres devem se vestir ou não.

Ele diz que elas devem se vestir de maneira “modesta e decente”. Fala, também, em cobrir corpo e cabeça durante as orações e quando estiverem em meio a homens que não são seus parentes.

O texto, assim, deixa margem para interpretação sobre o quanto e como rosto e corpo devem ser cobertos.

Em países como Afeganistão e Arábia Saudita, a interpretação é extrema e muitas mulheres usam a burqa, que cobre totalmente o corpo. É a exigência de muitos grupos extremistas que dominam diversas regiões, como o Taleban .

Já em países como Egito e Líbano, mais influenciados pela cultura ocidental, mostrar o rosto ou um pouco do cabelo já é mais aceito.

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Em média, 62% dos entrevistados acham que uma mulher não pode escolher o que vestir. No Egito é onde mais se pensa assim: 86%.

A Tunísia é o país mais liberal nesse sentido, onde 56% defende o direito de escolha da mulher.

O que é mais adequado?

Na pergunta “Que estilo de roupa é apropriado para mulheres em público?”, os entrevistados receberam um cartão com seis imagens (o infográfico, do Pew Research, você vê abaixo) de estilos diferentes.

Eles deveriam apontar o que achavam o mais adequado. Não havia legendas nas fotos, indicando como se chamava cada tipo de roupa.

(Pew Research)

Em 5 dos 7 países, a maioria preferiu o hijab (mulheres 3 e 4), o véu que cobre cabelo e orelhas, mas deixa todo o rosto à mostra.

A Arábia Saudita é o país mais conservador, onde 63% preferem a niqab (mulher 2), que cobre todo o rosto, deixando apenas os olhos de fora.

Lá, é alta também a preferência pela burqa (mulher 1), que tampa completamente o rosto e cabeça da mulher. Elas enxergam por uma espécie de rede.

Já no Líbano , quase metade acha adequado uma mulher andar sem véu, com o cabelo solto (mulher 6). Essa porcentagem é alta, também, na Turquia .

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O Alcorão, o livro sagrado do islamismo, não fala objetivamente sobre como as mulheres devem se vestir ou não.

Ele diz que elas devem se vestir de maneira “modesta e decente”. Fala, também, em cobrir corpo e cabeça durante as orações e quando estiverem em meio a homens que não são seus parentes.

O texto, assim, deixa margem para interpretação sobre o quanto e como rosto e corpo devem ser cobertos.

Em países como Afeganistão e Arábia Saudita, a interpretação é extrema e muitas mulheres usam a burqa, que cobre totalmente o corpo. É a exigência de muitos grupos extremistas que dominam diversas regiões, como o Taleban .

Já em países como Egito e Líbano, mais influenciados pela cultura ocidental, mostrar o rosto ou um pouco do cabelo já é mais aceito.

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