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Comissão propõe cobrar pelo CO2 de voos internacionais

Comissão Europeia propôs que companhias aéreas que operarem voos internacionais que passarem pela União Europeia paguem pelas emissões de dióxido de carbono

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2013 às 13h24.

Bruxelas - A Comissão Europeia (CE) propôs nesta quarta-feira que as companhias aéreas que operarem voos internacionais que passarem pela UE paguem a partir de janeiro pelas emissões de dióxido de carbono (CO2) que emitirem no espaço aéreo europeu, embora tenha considerado exceções.

"A Europa deve insistir em seu direito soberano para regular a aviação em seu próprio espaço aéreo", disse em entrevista coletiva a delegacia de comissária europeia de Ação pelo Clima, Connie Hedegaard, que confia em que os países alheios à União Europeia (UE) entendam e respeitem a medida.

A nova proposta é feita depois que os 191 membros da Organização da Aviação Civil Internacional (Icao), entre os quais está a UE, acordaram há duas semanas em Montreal que em 2016 terão concretizado os detalhes de um "mecanismo comercial global" (MBM, na sigla em inglês) para reduzir as emissões de a aviação, que entrará em vigor em 2020.

Como fruto do acordo, a UE se vê agora obrigada a adaptar sua legislação e seu sistema de comércio de emissões, que já previa desde 2012 cobrar uma taxa verde da aviação internacional muito mais ampla do que a que será imposta agora.

A comissária europeia explicou que tudo teria sido mais simples se a maioria dos membros da Icao não tivesse se oposto ao esquema europeu, e tivesse permitido à aviação contribuir aos esforços de redução de emissões da UE obviamente, em vez de esperar pelo acordo global de 2020.


Ressaltou, em qualquer caso, que o importante agora é cumprir o compromisso da Icao para 2016 e 2020 e esclareceu que a proposta de hoje e suas exceções são uma "solução temporária" até então.

A UE, que já cobra uma taxa verde das companhias aéreas europeias pelas emissões de dentro de seu território, teve que adiar um ano seus planos de estender a medida à aviação internacional para evitar uma guerra comercial com os Estados Unidos, Rússia, China e a Índia.

Os países diziam que Bruxelas não tinha direito a impor medidas desse tipo a operadores aéreos de fora da UE sem um acordo prévio com essas nações não comunitárias.

A abordagem original europeia consistia em cobrar das companhias aéreas pelo CO2 que emitissem durante todo o trajeto intercontinental com origem ou destino na UE.

A proposta de hoje, por outro lado, limita a cobrança às emissões que o voo internacional emitir em sua passagem pelo espaço aéreo europeu, e exclui ainda os territórios não comunitários - como Suíça, Sérvia e Montenegro - que cruzarem seu caminho, assim como as águas marítimas entre países de mais de 400 milhas náuticas.

Será aplicada, portanto, à distância que for desde o aeroporto comunitário de aterrissagem ou decolagem até o ponto mais afastado do litoral do território comunitário.

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Bruxelas - A Comissão Europeia (CE) propôs nesta quarta-feira que as companhias aéreas que operarem voos internacionais que passarem pela UE paguem a partir de janeiro pelas emissões de dióxido de carbono (CO2) que emitirem no espaço aéreo europeu, embora tenha considerado exceções.

"A Europa deve insistir em seu direito soberano para regular a aviação em seu próprio espaço aéreo", disse em entrevista coletiva a delegacia de comissária europeia de Ação pelo Clima, Connie Hedegaard, que confia em que os países alheios à União Europeia (UE) entendam e respeitem a medida.

A nova proposta é feita depois que os 191 membros da Organização da Aviação Civil Internacional (Icao), entre os quais está a UE, acordaram há duas semanas em Montreal que em 2016 terão concretizado os detalhes de um "mecanismo comercial global" (MBM, na sigla em inglês) para reduzir as emissões de a aviação, que entrará em vigor em 2020.

Como fruto do acordo, a UE se vê agora obrigada a adaptar sua legislação e seu sistema de comércio de emissões, que já previa desde 2012 cobrar uma taxa verde da aviação internacional muito mais ampla do que a que será imposta agora.

A comissária europeia explicou que tudo teria sido mais simples se a maioria dos membros da Icao não tivesse se oposto ao esquema europeu, e tivesse permitido à aviação contribuir aos esforços de redução de emissões da UE obviamente, em vez de esperar pelo acordo global de 2020.


Ressaltou, em qualquer caso, que o importante agora é cumprir o compromisso da Icao para 2016 e 2020 e esclareceu que a proposta de hoje e suas exceções são uma "solução temporária" até então.

A UE, que já cobra uma taxa verde das companhias aéreas europeias pelas emissões de dentro de seu território, teve que adiar um ano seus planos de estender a medida à aviação internacional para evitar uma guerra comercial com os Estados Unidos, Rússia, China e a Índia.

Os países diziam que Bruxelas não tinha direito a impor medidas desse tipo a operadores aéreos de fora da UE sem um acordo prévio com essas nações não comunitárias.

A abordagem original europeia consistia em cobrar das companhias aéreas pelo CO2 que emitissem durante todo o trajeto intercontinental com origem ou destino na UE.

A proposta de hoje, por outro lado, limita a cobrança às emissões que o voo internacional emitir em sua passagem pelo espaço aéreo europeu, e exclui ainda os territórios não comunitários - como Suíça, Sérvia e Montenegro - que cruzarem seu caminho, assim como as águas marítimas entre países de mais de 400 milhas náuticas.

Será aplicada, portanto, à distância que for desde o aeroporto comunitário de aterrissagem ou decolagem até o ponto mais afastado do litoral do território comunitário.

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