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Comércio responde pelo maior crescimento no consumo de energia

O reflexo do ritmo dessa relação, entre vendas e consumo de energia, teve destaque principalmente no Centro-Oeste do país

Loja da Blue Steel em São Paulo: varejo foi um dos grandes consumidores de energia elétrica (Daniela Toviansky/EXAME.com)

Loja da Blue Steel em São Paulo: varejo foi um dos grandes consumidores de energia elétrica (Daniela Toviansky/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2011 às 23h38.

Rio de Janeiro – Os brasileiros consumiram 4,1% mais energia elétrica em agosto deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada hoje (26) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o volume energético consumido no país passou dos 34,6 mil gigawatts-hora (GWh) para 36,1 mil GWh.

A EPE aponta que os consumidores comerciais foram os grandes impulsionadores desse incremento. Eles respondem por pouco mais de 16% do volume total de energia consumida no Brasil. A demanda energética do setor cresceu 8% em agosto na comparação com agosto de 2010. Os consumidores comerciais passaram a consumir 5,88 mil GWh.

“A expansão significativa do volume de vendas do comércio ao longo de 2011 tem alimentado as estatísticas do setor. O volume de vendas do comércio ampliado, que inclui segmento de veículos e material de construção cresceu 9% face o mesmo período de 2010”, destaca o documento.

O reflexo do ritmo dessa relação, entre vendas e consumo de energia, teve destaque principalmente no Centro-Oeste do país. Em Mato Grosso, por exemplo, a demanda por energia elétrica entre agosto de 2010 e agosto de 2011 cresceu 21,2%. A EPE associa o incremento ao fato de o comércio no estado ter revelado grande expansão, registrando, por exemplo, incremento de 40% no volume de empregos criados este ano.

Já os consumidores residenciais aumentaram o consumo de energia elétrica em 4,8%, o que representa uma demanda total de 9,23 mil GWh. Para esses consumidores, a EPE relaciona o aumento do consumo à maior intensidade de uso por residência e à migração de consumidores de baixa renda para a categoria convencional, que tradicionalmente revela um consumo superior de energia elétrica.


De acordo com a empresa, a Região Nordeste teve um grande destaque no consumo, neste período de comparação, apresentando um aumento de 8,3%, principalmente em função do maior uso de aparelhos eletrônicos e iluminação. No Sudeste, a expansão da demanda dos clientes residenciais foi calculada em 3,6%. Apesar de o Rio de Janeiro contribuir com a maior parcela, o Espírito Santo apresentou o maior incremento, equivalente a 15,7% mais de consumo.

O consumo industrial, que responde pela maior parcela do consumo de energia elétrica total no país, cresceu 2,5% no período. Apesar de ter atingido uma demanda de 15,8 mil GWh, pouco maior que o volume registrado em agosto de 2010, que ficou em 15,45 mil GWh, a empresa destaca que "a combinação dos resultados regionais revela uma desaceleração no ritmo de crescimento do consumo em nível nacional, em conformidade com a trajetória de evolução da atividade industrial".

No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento do consumo de energia elétrica no país ficou em 4,3%, equivalente a 425,55 mil GWh.

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