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Começa segundo turno para a Presidência da Argentina

Começou hoje a reta final para definir quem assumirá a Presidência a partir do dia 10 de dezembro, quando Cristina Kirchner conclui seu segundo mandato


	Argentina: é a primeira vez na história do país em que uma eleição presidencial será decidida no segundo turno
 (Getty Images)

Argentina: é a primeira vez na história do país em que uma eleição presidencial será decidida no segundo turno (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2015 às 21h22.

Começou nesta segunda-feira (26) a reta final para definir quem assumirá a Presidência da Argentina a partir do dia 10 de dezembro, quando Cristina Kirchner conclui seu segundo mandato consecutivo.

É a primeira vez na história do país em que uma eleição presidencial será decidida no segundo turno. No dia 22 de novembro, o candidato governista Daniel Scioli  enfrentará o favorito da oposição, Mauricio Macri, que surpreendeu com seu desempenho no primeiro turno, no domingo (25).

Com 35% dos votos, Macri quase empata com Scioli, que ficou com 37%. Macri é prefeito da capital Buenos Aires e líder do partido conservador PRO. Scioli é governador da província de Buenos Aires (a maior e mais rica do pais) e conta com a estrutura do Partido Peronista, há 14 anos na presidência.

A responsável pelo crescimento da candidatura de Macri é Maria Eugenia Vidal – candidata do PRO ao governo de Buenos Aires (uma das onze províncias que elegeram seus governadores no domingo). Ela venceu no maior distrito eleitoral do pais, governado há 28 anos por homens peronistas.  Além de ter 40% dos eleitores da Argentina, Buenos Aires também concentra um terço da economia do pais.

Apesar de terem virado a noite, acompanhando os resultados da apuração das urnas, os dois presidenciáveis não esperaram para começar a caça de votos. Nesta segunda-feira (26), ambos pediram o apoio daqueles que, no primeiro turno,  votaram em branco ou nos outros quatro candidatos: Sergio Massa, Margarita Stolbizer, Nicolas Del Caño, Adolfo Rodrigues SAA.

Em entrevista coletiva, Macri disse que receberia a todos de braços abertos. “A Argentina precisa de uma mudança e nós estamos dispostos a concretizá-la”, disse. Segundo ele, os eleitores que votaram nos demais candidatos, apostaram na oposição porque querem um projeto de governo diferente.

Horas depois, Scioli deu entrevista para dizer que, desta vez, está aberto para participar de um debate pela televisão com Macri (ele não participou do debate entre candidatos no primeiro turno). Ele lembrou que o terceiro colocado, Sergio Massa, tem origens peronistas (foi aliado dos Kirchner antes de virar oposição) e que suas propostas de governo são mais parecidas com as de Scioli (que defende forte presença do Estado na economia) do que as politicas neoliberais de Macri.

Scioli também comparou a eleição presidencial argentina a de outras no continente e citou explicitamente o Brasil, onde a eleição de Dilma Rousseff foi decidida no segundo turno. Na Argentina, ninguém se arrisca a fazer uma previsão sobre o que vai ocorrer nas próximas três semanas.

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