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Começa julgamento de suspeitos de ataque em estação chinesa

Começou o julgamento de 4 pessoas acusadas de terem cometido atentado terrorista em estação de trem que matou 33 pessoas

Sangue fica no chão após um ataque na estação de trem da província de Yunnan (REUTERS/Stringer)
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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 09h02.

Pequim - Começou nesta sexta-feira o julgamento de quatro pessoas acusadas de terem cometido o atentado terrorista na estação de trem de Kunming (na província de Yunnan), em março, que matou 33 pessoas.

A promotoria Popular de Kunming considera que os suspeitos estiveram envolvidos na organização, liderança ou execução do ataque, considerado um homicídio proposital, publicou nesta sexta-feira a agência oficial "Xinhua".

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O julgamento acontece de forma pública no Tribunal Popular Intermediário de Kunming contra os suspeitos Iskandar Ehet, Turgun Tohtunyaz, Hasayn Muhammad e Patigul Tohti.

Enquanto os três primeiros são acusados de organizar e liderar um grupo terrorista e de homicídio doloso, o último é acusado de participar ativamente no ataque e, também, de homicídio doloso.

Alguns observadores políticos, vítimas e parentes dos mortos estão entre as 300 pessoas que assistem ao julgamento, diz "Xinhua".

Em comunicado, a promotoria afirmou que a luta contra o terrorismo é uma prioridade para o país asiático, por fazer parte de um dos "três eixos do mal" que as autoridades lutam contra, sendo os outros o separatismo e o extremismo.

Pequim já prometeu, pouco depois do ataque, "mão dura" contra os culpados.

Uma dezena de pessoas armadas com facas invadiram a estação ferroviária de Kunming em 1º de março, mataram 29 pessoas e feriram 130.

A polícia conseguiu matar quatro dos atacantes.

O ataque aconteceu na véspera das reuniões políticas mais importantes do ano para o regime, as assembleias anuais dos poderes legislativo e consultivo, quando as medidas de segurança costumam ser reforçadas, embora especialmente em Pequim, que fica a milhares de quilômetros de Kunming.

O governo chinês vinculou o ataque a grupos terroristas de Xinjiang (noroeste da China), onde nos últimos dois anos morreram dezenas de pessoas em enfrentamentos entre autoridades e rebeldes.

Xinjiang, na fronteira com o Afeganistão e com o Paquistão, possuir várias etnias muçulmanas ligadas aos povos da Ásia Central, como os uigures, e segundo a China nela operam grupos terroristas ligados à organização radical islâmica Al Qaeda .

No entanto, organizações uigures no exílio negam a acusação e afirmam que as tensões são responsabilidade das políticas repressivas de Pequim contra sua cultura e religião.

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