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Começa conferência sobre o uso do mercúrio no Japão

Delegados de 140 países participam a partir de hoje de uma conferência da ONU que pretende obter assinaturas para um tratado sobre o uso do mercúrio

Funcionário cambojano se prepara para a chegada de um contêiner de mercúrio: tratado pretende reduzir o nível mundial das emissões de mercúrio, muito tóxicas (Rob Elliott/AFP)

Funcionário cambojano se prepara para a chegada de um contêiner de mercúrio: tratado pretende reduzir o nível mundial das emissões de mercúrio, muito tóxicas (Rob Elliott/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 10h02.

Tóquio - Delegados de 140 países participam a partir desta segunda-feira de uma conferência da ONU que pretende obter assinaturas para um tratado sobre o uso do mercúrio.

A reunião que acontece em Minamata, cidade japonesa que foi cenário do mais grave caso de envenenamento por este metal altamente tóxico.

O "Convênio de Minamata sobre o mercúrio", que segue as bases da convenção adotada em janeiro em Genebra, pretende reduzir o nível mundial das emissões de mercúrio, muito tóxicas para a saúde e o meio ambiente, mas também para produção e o uso do mercúrio, em especial durante a fabricação de produtos e nos processos industriais.

O texto, que também aborda o armazenamento e o tratamento de resíduos, está aberto à assinatura dos países na cidade de Minamata, como homenagem aos habitantes desta cidade afetada durante décadas por uma grave contaminação de mercúrio.

Uma vez ratificado por 50 Estados, o tratado entrará em vigor em três ou quatro anos.

O mercúrio é um metal pesado muito tóxico para os seres vivos. Uma exposição intensa ao mercúrio prejudica o sistema imunológico e pode provocar problemas psicológicos e digestivos, assim como a perda de dentes, problemas cardiovasculares ou respiratórios.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), nos últimos 100 anos, a quantidade de mercúrio presente nos 100 primeiros metros de profundidade dos oceanos, procedente de emissões relacionadas com a atividade humana, dobrou e em águas profundas aumentou 25%.

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